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24/03/2014 | 20:56 | Polícia

MP obtém liminar para acessar dados de advogado investigado no RS

Segundo o MP, decisão auxilia trabalho para ressarcir pessoas lesadas

Segundo o MP, decisão auxilia trabalho para ressarcir pessoas lesadas
Dal Agnol entrou na lista de procurados pela Interpol (Foto: Reprodução/Interpol)
A Justiça concedeu nesta segunda-feira (24) uma liminar que autoriza o Ministério Público Estadual (MP) acessar detalhes sobre ações movidas pelo advogado Maurício Dal Agnol, atualmente procurado pela Interpol sob suspeita de aplicar um golpe de mais de R$ 100 milhões contra cerca de 30 mil clientes no Rio Grande do Sul. Segundo o MP, a decisão permite ao órgão checar processos judiciais movidas contra uma empresa de telefonia.
A decisão é da juíza titular da 4ª Vara Cível de Passo Fundo, na Região Norte do estado, Luciana Tieppo. O MP ressaltou que, através da liminar, serão buscados dados sobre valores pagos a cada cliente. As informações viabilizam, conforme o órgão, que outras medidas sejam adotadas para ressarcir as pessoas lesadas.
“A atenção especial do MP é com os clientes idosos e vulneráveis em geral, que não possuem meios para, sozinhos, verificar o desfecho dos seus processos”, disse o promotor Paulo Cirne, que atua no caso.
A Operação Carmelina
Segundo a Polícia Federal, um grupo de advogados e contadores, comandados por Dal Agnol procurava os clientes com a proposta de entrar com ações na Justiça contra empresas de telefonia fixa. Os clientes ganhavam a causa, mas os advogados repassavam a eles uma quantia muito menor da que havia sido estipulada na ação. O esquema fez o advogado enriquecer rapidamente.
Ao cumprir mandados de busca da Operação Carmelina na cidade do Norte do Rio Grande do Sul na sexta, a Polícia Federal encontrou um total de R$ 1,5 milhão em um dos endereços do homem. Além da quantia, animais selvagens empalhados e munição foram achados em um fundo falso de uma parede. A PF apreendeu também um avião avaliado em cerca de US$ 8,5 milhões e bloqueou dinheiro em contas bancárias e imóveis.
A Operação Carmelina foi desencadeada, no mês passado, em Passo Fundo, no Norte, e em Bento Gonçalves, na Serra. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em escritórios de advocacia e de contabilidade e em uma residência. A operação foi batizada de Carmelina porque este era o nome de uma mulher que teve cerca de R$ 100 mil desviados no golpe. Segundo a PF, ela morreu de câncer, e poderia ter custeado um tratamento se tivesse recebido o valor da maneira adequada.
Fonte: G1
Segundo o MP, decisão auxilia trabalho para ressarcir pessoas lesadas
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