Diversas armas de uso restrito e milhares de processos judiciais foram encontrados nesta quarta-feira (9) em Passo Fundo, no Norte do Rio Grande do Sul, em
um dos depósitos do advogado Maurício Dal Agnol, procurado pela Interpol. Ele é suspeito de comandar um esquema que pode ter prejudicado cerca de 30 mil clientes em
ações judiciais.
A Polícia Federal (PF) chegou ao depósito após receber uma denúncia anônima. Foram cumpridos
três mandados de busca e apreensão. Além das armas, foram encontradas no local munições e até um silenciador.
“Armas
essas de calibre proibido, muita munição de calibre proibido, restrito. E agora tudo vai ser apreendidos e nós vamos dar seguimento as investigações e aos
procedimentos”, disse o delegado da PF, Mauro Vinícius Soares de Moraes.
Além das armas, a polícia apreendeu contratos relacionados ao
golpe. Segundo a PF, a documentação encontrada no depósito deve ajudar a esclarecer mais detalhes do esquema milionário. A equipe de investigação
agora deve analisar todos os contratos.
“Com certeza, a prova material está muito melhor comprovada, mas o que mais chamou atenção foi o
tipo de armamento que nós encontramos aqui, o que nos leva a acreditar que essa organização precisa de um tratamento mais adequado”, afirmou o delegado da PF
Mário Vieira.
Com prisão preventiva decretada pela Justiça, Dal Agnol e a mulher dele, também suspeita de participar do esquema, estão
foragidos desde 21 de fevereiro. Conforme as investigações da PF, a quadrilha se apropriava total ou parcialmente do dinheiro de clientes do escritório de advocacia que
venciam ações judicias contra uma empresa telefônica. Os valores desviados podem somar até R$ 100 milhões.