As famílias do médico Leandro Boldrini e de Graciele Ugulini travam uma batalha pela guarda da irmã do menino
Bernardo. Inicialmente, havia ficado acertado que o bebê, de um ano e meio, ficaria com a família do médico. Neste momento, a menina está com a irmã de
Graciele, Simone Ugulini, em Santo Ângelo.
Veja a cronologia do Caso Bernardo
A Rádio Gaúcha foi até
Campo Novo, município a cerca de 30 quilômetros de Três Passos, para conversar com o irmão de Leandro, Paulo Boldrini, que pretende ficar com a guarda da
menina.
"Inclusive na quinta-feira passada, eu estive conversando com o pai de Graciele e com a irmã dela (Simone) a respeito da guarda da menina. A
princípio, eles me falar que não tinham condições de ficar com ela, porque a Simone hoje não tem emprego, não tem residência fixa, é
solteira, tem um piá para criar e ela tem que trabalhar e não teria condições", afirma Paulo.
Paulo lembra ainda que ele e a esposa
já haviam sido convidados para serem padrinhos da menina. Num segundo contato, na quinta-feira passada, Simone teria mudado de ideia.
"Ela disse que queria
cuidar ( da menina), ficar com ela. Então eu disse para ela: você entra com pedido para ficar com ela e eu também vou entrar. Aí nós vamos ver o que o juiz
vai decidir", relembra o irmão de Leandro.
Paulo Boldrini pretende entrar com pedido de guarda da irmã de Bernardo na terça-feira. Afirma
que o irmão, de dentro da cadeia, disse ao advogado da família e primo Andrigo Rebelato que gostaria que a menina ficasse com Paulo. A mãe Graciele e o pai Leandro
estão presos por suspeita de participação na morte do menino Bernardo. A reportagem não encontrou Simone.
Caso
Bernardo
Bernando Uglione Boldrini foi encontrado morto no dia 14 de abril, após dez dias desaparecido. O corpo do jovem estava em um matagal,
enterrado dentro de um saco, na localidade de Linha São Francisco, em Frederico Westphalen. O menino morava com o pai, a madrasta e uma meia-irmã, de 1 ano, no
município de Três Passos.
O pai chegou a afirmar que o garoto havia retornado com a madrasta de uma viagem a Frederico Westphalen, no dia 4, quando
teria dito que passaria o final de semana na casa de um amigo. Bernardo deveria voltar no final da tarde do dia 6, o que não ocorreu.
Após dez dias de
investigações, foram presos o pai, a madrasta e uma amiga dela. A suspeita é de que o menino tenha sido morto com uma injeção letal. Em entrevista
coletiva, a delegada Virgínia Bamberg Machado, responsável pelo caso, afirmou não ter dúvidas do envolvimento dos três na morte de Bernardo.