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03/08/2017 | 12:37 | Política

Não encontrado para intimação na Lava-Jato, José Otávio Germano vota a favor de Temer

PGR agora indicou endereços em Porto Alegre para tentar intimar o deputado

PGR agora indicou endereços em Porto Alegre para tentar intimar o deputado
Foto: Reinaldo Ferrigno /Agência Câmara
O deputado federal José Otávio Germano, do Partido Progressista, não está sendo encontrado pela Justiça para ser intimado em processo da Operação Lava-Jato. Em despacho publicado em 1º de agosto, o ministro Edson Fachin determina que "expeça-se carta de ordem à Seção Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul a fim de que se notifique o acusado José Otávio Germano nos endereços apontados para, no prazo de 15 (quinze) dias, oferecer resposta".
José Otávio Germano foi denunciado em abril deste ano pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot. Ele e o deputado Luiz Fernando Faria, do PP de Minas Gerais, são acusados de corrupção passiva "qualificada". Segundo as investigações, Faria e Germano teriam pago propina de R$ 200 mil ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa para retribuir a inclusão da Fidens Engenharia no rol de empresas aptas a participar de grandes contratos da estatal.
No gabinete do deputado na Câmara, um dos assessores informou que ele não foi encontrado pela Justiça para intimação porque estava em tratamento de saúde no Rio de Janeiro. O parlamentar não quis falar com a reportagem. A
Em delação premiada, Paulo Roberto Costa disse que nem chegou a pedir o dinheiro, entregue pelos parlamentares em um hotel de luxo no Rio de Janeiro como um "agrado".
"Não tratei nada de percentual com eles, não discuti nenhum assunto em relação a isso. Obviamente que, a empresa ganhando, deve ter dado uma comissão para eles. E aí eles me chamaram e falaram: 'Ó, a empresa mandou aqui um agrado para você'. A empresa mandou R$ 200 mil para mim. Não cobrei nada, não pedi nada", disse o delator.
A investigação contra Faria e Germano foi aberta em março de 2015, na primeira leva de inquéritos da Lava-Jato autorizados pelo então relator do caso, Teori Zavascki. Além da condenação, em pena que varia de 2 a 12 anos de prisão, a PGR quer que os deputados percam seus respectivos mandatos e devolvam R$ 1 milhão: R$ 200 mil pelos danos materiais causados à Petrobras e R$ 800 mil por prejuízos à sociedade, como "lesões à ordem econômica, à administração da justiça e à administração pública, inclusive à respeitabilidade do parlamento perante a sociedade brasileira".
José Otávio Germano responde a outras duas investigações resultantes da Operação Lava-Jato.
Fonte: Rádio Gaúcha
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