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21/11/2017 | 11:44 | Praia Notícias | Polícia

Vereador de Laguna é preso em operação da Deic contra fraude em licitações

Deic / Divulgação / Divulgação
A Divisão de Crimes Contra o Patrimônio Público da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DCCPP/Deic) cumpre nesta terça- feira 76 mandados judiciais contra investigados por envolvimento em fraude em licitações na cidade de Laguna, no Sul de Santa Catarina. Das ordens, seis delas são de prisão temporária e sete preventiva, além de 25 de condução coercitiva e 38 de busca e apreensão. Todas fazem parte de três inquéritos da Polícia Civil que originaram a Operação Seival.
Dentre os presos preventivamente está um vereador de Laguna que não teve o nome divulgado pela Deic. Segundo as investigações, o político fazia parte da organização criminosa responsável por frustrar o caráter competitivo de duas licitações mediante o ajuste prévio dos preços ofertados. O vereador teria se licenciado do cargo em 2016 para assumir como secretário municipal e participou dos atos ilícitos para atender os interesses dos empresários envolvidos no esquema.
Segundo a Polícia Civil, o político teve sua campanha eleitoral financiada pela organização criminosa. Ele teria, inclusive, dizem os investigadores, articulado para obter licitações em benefício do grupo, bem como intermediou junto à Secretária da Fazenda para liberação de dinheiro após a realização de obras ou serviços. 
No primeiros dos inquéritos, há indicativos que um dos empresários do grupo criminoso teria sido beneficiado com o recebimento de valores da prefeitura referente ao fornecimento de materiais de construção para a Secretaria de Obras por meio de um decreto emergencial em razão das chuvas ocorridas em dezembro de 2016. A intermediação desse pagamento, afirma a polícia, se deu pelo vereador, que à época era secretário. 
No segundo inquérito, o mesmo político teria fraudado outra licitação com a ordem para que seus subordinados aprovassem os candidatos por ele indicados, como também vazou informações sigilosas, a fim de garantir suas respectivas aprovações. Já na terceira investigação, foi possível comprovar os constantes desvios de materiais, que deveriam ser utilizados na reforma de um colégio local, para uma obra particular de um influente agente político da cidade que também não teve o nome divulgado.
Outros delitos foram encontrados pela Deic durante as investigações. Todos teriam envolvimento de políticos locais que receberiam propina para beneficiar amigos e funcionários. Além da Polícia Civil, participam da Seival o Ministério Público de Laguna.
O nome da operação é alusivo ao nome da embarcação usado por Giuseppe Garibaldi na Tomada de Laguna, que culminou com a proclamação da República Juliana durante a Guerra dos Farrapos. Há uma praça na cidade como o nome Seival, na região do Mar Grosso.
Fonte: Diário Catarinense
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