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09/12/2017 | 07:45 | Praia Notícias | Polícia

Marido é preso suspeito de ter matado policial civil

Delegado afirma que PM confessou o crime. Já o advogado diz que ele nega ter matado a mulher

Delegado afirma 

que PM confessou o crime. Já o advogado diz que ele nega ter matado a mulher
Karla Silva de Sá Lopes, de 28 anos, foi achada morta na quinta-feira (7) (Reprodução/NSC TV)
A policial militar Luis Fernando Palhano Lopes, de 52 anos, foi preso nesta sexta-feira (8) suspeito de ter matado a policial civil recém-formada Karla Silva de Sá Lopes, de 28 anos. De acordo com o delegado Vicente Soares, o marido confessou o crime e deve responder por feminicídio e ocultação de cadáver. Já o advogado do suspeito diz que ele nega.
A mulher, que teve o desaparecimento relatado na quarta-feira (6) em Itapema, foi achada enterrada na praia de Taquaras, em Balneário Camboriú, na quinta (7). Segundo a polícia, o marido teria dado um tiro na cabeça dela em casa, em Itapema, após uma discussão na noite de terça (5). O casal estava junto há 10 anos.
"Todos os fatos apurados já indicavam o crime de feminicídio praticado pelo marido, o que se confirmou com a confissão do mesmo perante o capitão da Polícia Militar, tendo ainda indicado, por meio do desenho de um mapa, o local em que teria enterrado a vítima", disse o delegado.
“Ele teve um discurso bem decorado, sempre usava as mesmas palavras, independente de como se fazia a pergunta. Também estava bem evasivo nas respostas, não sabia precisar horários, onde estava. Isso demostrava que ele não falava a verdade", completa Soares.
A confissão ocorreu quando o comandante da PM de Itapema foi até a casa de Lopes prestar apoio por causa do desaparecimento.
“Em um determinado momento ele começou a chorar e disse ‘fiz uma besteira mesmo, mas não vou me entregar, estou aqui com a pistola, vou tirar minha vida. Vocês vão encontrar o corpo porque estou com o mapa aqui no meu bolso, o senhor vai saber onde está’. Aí fiquei com um problemão na mão: fui lá dar apoio moral para uma pessoa que tinha a esposa sumida e tem uma confissão, embora informal, que ele tinha cometido esse crime”, detalha o capitão Geraldo Rodrigues.
A defesa afirma que não houve confissão. "Ele reservou-se ao direito de permanecer em silêncio, por orientação minha, e não houve confissão nenhuma", disse o advogado de Lopes, Luiz Eduardo Righetto.
Na noite de quinta, o advogado disse ao G1 que o policial prestou depoimento à Polícia Civil e que entregou para a perícia a arma que usa profissionalmente.
Prisão
"Como não houve flagrante, foi representada pela prisão preventiva ainda na noite de quinta, a qual foi deferida. O mandado foi cumprido na manhã desta sexta e o preso, por ser PM da reserva, está preso no 12º Batalhão, em Balneário Camboriú", informou o delegado.
Segundo o advogado, Lopes recebeu ameaças em mensagens no telefone e, por isso, diz ter pedido que o suspeito permanecesse no batalhão da PM por segurança.
A defesa ainda diz que vai tentar revogar a prisão preventiva.
Segundo a Polícia Civil, o PM tinha registro de violência doméstica. O advogado de Lopes diz que o histórico dele constava com um registro de ameaça feito por uma ex-mulher e um de abuso de autoridade. Karla não havia denunciado previamente ele.
Desaparecimento
Na quarta-feira, o marido disse que, naquela manhã, a policial civil tinha saído de casa, em Itapema, para caminhar e que não foi mais vista. Lopes foi quem notificou o desaparecimento à Polícia Civil.
O caso está sendo investigado pela Divisão de Investigação Criminal de Balneário Camboriú.
Fonte: G1
Delegado afirma 

que PM confessou o crime. Já o advogado diz que ele nega ter matado a mulher
Polícia Civil/Divulgação
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