A
Enphase Pavimentações asfaltou no domingo passado, 22, duas quadras da rua Borges Fortes em direção à Teixeira Mendes. Na manhã seguinte, 23,
estourou a rede de água da Corsan. O buraco começou a ser tapado, mas gerou um desconforto entre a empresa e a Prefeitura.
Milton Kuhn, gerente da
Corsan, alega que sua área técnica não sabia que as duas quadras seriam pavimentadas. “Se soubéssemos, poderíamos ter desligado a rede, aumentando a
possibilidade de ela aguentar a ação do rolo vibratório”, observou. Darci Petrazzini, secretário de Habitação e Mobilidade Urbana, garante
que sua pasta notificou a Corsan.
Se Petrazzini se baseia em um ofício enviado à Companhia no dia 25 de fevereiro deste ano informando as vias que seriam
pavimentadas no primeiro lote do empréstimo de R$ 35 milhões junto ao PAC Pavimentação, a Prefeitura é quem está errada. A rua Borges Fortes
não consta na lista, conforme a Corsan alega.
SOLUÇÃO
Maurício Lenz, engenheiro escalado para
fiscalizar o lote inicial de R$ 12 milhões já encontrou uma solução para as obras futuras. “Na primeira etapa a empresa vai introduzir a reperfilagem de
quatro centímetros de asfalto e só retornará no dia seguinte para a segunda e última camada. Assim, haverá tempo para um eventual problema nas redes da
Corsan, sem que toda a obra esteja pronta”, explicou. Ele admite a possibilidade de novas dificuldades em um ou outro trecho das 111 vias que serão asfaltadas ou recapeadas.
“Precisamos correr o risco, porque se dependermos de a Corsan trocar todas as redes de água, ficaríamos 15 anos esperando”, argumentou.
COBRANÇA
Maurício garante que a Prefeitura exigirá da Corsan uma plena recuperação do asfalto danificado pelo
estouro da rede d’água na Borges Fortes. “Estamos exigindo um remendo profundo, com base e rochão (pedras maiores) não apenas no buraco aberto, mas em toda
a área danificada”, assegurou.