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22/04/2018 | 21:18 | Esporte

Em jogo eletrizante, Grêmio e Atlético-PR empatam em 0 a 0

Time de Renato não conseguiu superar time paranaense, que terminou partida com um a menos

Time de Renato não conseguiu 

superar time paranaense, que terminou partida com um a menos
Lauro Alves / Agencia RBS
O jogo foi na Arena, mas poderia ser no Ettihad Stadium. Grêmio e Atlético-PR fizeram neste domingo um jogo com cara de campeonato inglês, com uma intensidade que não é habitual no futebol brasileiro. Os dois times não precisaram de gols para fazer da partida um espetáculo para o público presente. Com o empate sem gols, chegaram a quatro pontos, atrás apenas do líder Corinthians, com seis. A maratona do Grêmio segue quarta-feira, contra o Goiás, no Serra Dourada, pela Copa do Brasil, sua quinta competição na temporada.
A bola rolou durante 69% dos 45 minutos, média superior à que a Fifa estabelece como ideal. Houve poucas faltas e raras saídas de bola pela lateral. Tudo pelas características semelhantes dos dois times, de intensa movimentação e elevado índice de acertos em troca de passes. Renato foi estratégico. Contra um adversário que abre mão de chutões mesmo na saída de bola, adiantou mais do que nunca seus atacantes. O que quase deu resultado já aos quatro minutos. Pressionado, o goleiro Santos fez passe a Pavez, que foi desarmado por Everton. Dali, a bola saiu em direção de Luan, que acertou chute na trave. Na volta, Ramiro concluiu por cima.
Sobraram destaques individuais no Grêmio. Um deles, Léo Moura, partiu da lateral para o meio, aos 10 minutos, e serviu a Everton,  que chutou para fora. Ramiro encantava pela movimentação. Arthur e Ramiro, pela qualidade na transição. Não havia espaço para desviar os olhos do que acontecia dentro de campo. Acuado, o Atlético-PR seguia atrapalhado ao tentar sair de seu campo. Como aos 17 minutos, quando Everton fez o desarme e forçou Santos a defesa no canto esquerdo.
O pecado do Grêmio era o desperdício de oportunidades. Sobretudo por Luan. Aos 25, em nova investida de Léo Moura, o atacante chutou muito alto. Aos 27, Maicon quase marcou, em chute forte, defendido por Santos. Luan voltou a desperdiçar aos 32, em passe de André.  Na última oportunidade do Grêmio, aos 36 minutos, Arthur lançou a Luan, que, de bico, chutou rasteiro, para fora. Só a  45 minutos o Atlético-PR encontrou espaço para o arremate. Só que, aí, prevaleceram a classe e precisão de Geromel, que, de carrinho, impediu o arremate que poderia ser fatal de Pablo.
Renato tentou resolver os problemas de finalização do time ao trocar Léo Moura por Alisson no intervalo. E foi do atacante o primeiro arremate, aos três minutos, por cima. O segundo foi o cabeceio desviado de Everton, livre de marcação, em cruzamento de Geromel. Na terceira, Ramiro ajeitou de cabeça e Alisson chutou sobre Thiago Heleno.
Pausa para respiração? Nem pensar. Bastou um descuido defensivo do Grêmio para que Guilherme, em passe de Nikão, quase marcasse, aos 10 minutos, com a bola passando perto da trave esquerda de Grohe. Ainda superior, o Grêmio já marcava com menos vigor e encontrava, a esta altura do jogo, um adversário mais ousado. Uma mínima falha, de parte a parte, poderia resolver o jogo. Luan tentou de novo, aos 21, mas outra vez a bola não teve o destino certo.  Um erro na saída de bola do Atlético-PR abriu a chance para a conclusão de Eveton, de fora da área, mas ela foi nas mãos de Santos.
A sequência de faltas do Atlético-PR, que havia começado com Pablo e Bruno Guimarães, teve em Camacho um novo protagonista. A diferença é que, desta vez, o chute de Camacho sobre Luan resultou em expulsão. Rápido, Renato reforçou o ataque com Jael, no lugar de Artur.  A pressão aumentou, com chegadas fortes de André, de carrinho, em lançamento de Everton, e no cruzamento de Maicon desviado pela zaga. A resposta veio por Thiago Carletto, que, em chute de longa distância, assustou Grohe.
A insistência do Grêmio em busca do gol aos poucos perdeu força. Culpa, certamente, do ritmo empregado a maior parte do tempo. O Atlético-PR, satisfeito com o resultado, também diminuiu o volume. O empate, por isso, não pode ser considerado injusto. 
Fonte: Gaúcha ZH
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