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20/09/2018 | 06:00 | Educação | Três de Maio

Docente da Setrem tem estudo sobre subjetividade da mulher publicado em livro

Capítulo ?Mulher: o mundo de fora se fez dentro de si??, da psicóloga Arlete Salante, faz parte do e-book ?Deslocamentos do Inconsciente?

Capítulo ?Mulher: o mundo de fora se fez dentro 

de si??, da psicóloga Arlete Salante, faz parte do e-book ?Deslocamentos do Inconsciente?
SETREM/divulgação
Qual o lugar das mulheres na sociedade? Esta é a pergunta que resume os estudos que a psicóloga Arlete Salante, docente do curso de Psicologia da Faculdade Três de Maio – Setrem, tem buscado em seu doutorado, na Universidade de Ciências Empresariais e Sociais (UCES), de Buenos Aires, Argentina. Recentemente, uma de suas pesquisas foi publicada no e-book “Deslocamentos do Inconsciente”, editado pelo Centro Universitário Estácio do Ceará e organizado pelas autoras Andréa Marques e Jacqueline Albuquerque.
Em seu capítulo, denominado “Mulher: o mundo de fora se fez dentro de si?”, Arlete fala sobre a condição subjetiva das mulheres, a qual segue uma ordem cultural, a partir de uma forte triangulação entre família, cultura e sociedade. “Muitos adoecimentos psíquicos decorrem de frustrações por cumprir ideais culturais. Exemplo disso é a permanência de muitas mulheres em relações adoecedoras, ou por se acharem incapaz de reconstruir sua vida afetiva, ou porque temem a condenação social e o preconceito com as mulheres que se permitem reinventar a própria vida, ou viver outras relações afetivas. São características culturais internalizadas que formam padrões de comportamentos”, comenta.
Para abordar a autonomia e o empoderamento, a psicóloga buscou respaldo na consolidação dos Direitos Humanos referente às mulheres, que surgiu após o término da Segunda Guerra Mundial. “São diversos Documentos Internacionais, que têm como princípios promover a cooperação internacional para a solução de problemas sociais, econômicos, culturais ou de caráter humanitário”, explica. Porém, sabe-se que as leis por si só, não alteram a cultura e não removem do inconsciente os limites internos instalados na educação redutora da capacidade das mulheres. “Há uma cultura milenar de submissão e inferiorização que ainda precisa ser superada a partir de cada mulher”.
Para tanto, Arlete estuda e trabalha com a psicologia voltada à subjetividade feminina. Ela escolheu esta linha de pesquisa em doutorado por acreditar que existe a necessidade de dar lugar ao poder e a autonomia feminina. “Me deparo no consultório com os processos psíquicos vulneráveis, ambivalências que geram auto sabotagem inconsciente, reforçando posições de invisibilidade profissional e pouco acesso ao poder fora do reinado familiar. Por isso é fundamental tocar no ponto em que cada mulher se responsabilize por si, saindo das ambivalências e também das vitimizações, compreendendo que pode transcender modelos sociais recebidos ou impostos e, mandatos de gênero que limitam sua performance na vida”, concluiu. O e-book está disponível para leitura no site www.arletesalantepsicologia.com.br.
Fonte: Assessoria SETREM
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