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25/09/2018 | 13:20 | Polícia

Em um dia, cidade do noroeste do RS registra mais homicídios do que todo o ano passado

Coronel Bicaco, com menos de 8 mil habitantes, teve três assassinatos em um só dia, na segunda-feira

Coronel Bicaco, com menos de 8 mil habitantes, teve três assassinatos em um só dia, na segunda-feira
Divulgação
Com cerca de 8 mil habitantes, a pequena cidade de Coronel Bicaco, no noroeste do Rio Grande do Sul, registrou, em um intervalo de menos de 24 horas, mais homicídios do que em todo o ano passado. Na segunda-feira (24), três pessoas foram assassinadas, em duas ocorrências – em todo 2017, foram duas mortes no município, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública.
O primeiro assassinato da segunda-feira ocorreu por volta das 2h15min e vitimou Madson Reis dos Santos, 44 anos, vigilante de um paradouro nas proximidades da rodoviária da cidade. O homem foi encontrado morto por uma guarnição da Brigada Militar, com um revólver em uma das mãos. Havia indicações de que mais de um disparo foi feito na região. 
Inicialmente, policiais plantonistas levantaram a informação de que o caso seria um latrocínio – roubo com morte. No entanto, novas informações repassadas nas últimas horas à Polícia Civil indicam que se trata de um homicídio. Contudo, os agentes preferem não detalhar a investigação.  
Já na noite de segunda-feira, por volta das 22h, um novo caso de violência alertou os policiais da cidade. Anselmo Adeomir Vieira Beltrão, 43 anos, e Assis dos Santos Pires, 37 anos, foram mortos a tiros na frente de casa, na Rua Reinaldo Zanela, bairro Engenho Velho.
Após buscas realizadas pela BM, cinco suspeitos foram presos e um adolescente, apreendido, no município de São Martinho, próximo a Coronel Bicaco. Com eles, foram apreendidos dois veículos, duas pistolas e um revólver calibre 38.
Conforme a Polícia Civil, três dos presos são da Região Metropolitana e teriam ido até a cidade para cometer o crime a mando de uma facção ligada ao tráfico de drogas. 
A delegada regional Cristiane de Moura e Silva afirma que, em 2016, o município e a região sofreram com a chegada de traficantes. No entanto, uma grande operação desarticulou as quadrilhas locais e o ano de 2018 vinha sendo de normalidade. 
—  A situação estava bem calma, mas houve esses três assassinatos. Ainda assim, avaliamos que a região está melhor que no ano passado. As prisões logo após o crime também dão a ideia de pronta resposta aos moradores — avaliou a policial. 
A investigação tenta determinar, agora, se os casos da segunda-feira estão relacionados.
Fonte: Gaúcha ZH
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