O Ministério da Saúde publicou, neste ano, o livro “Por que GESITI? Gestão de Sistemas e Tecnologias da Informação em Hospitais – Panorama,
Tendências e Perspectivas em Saúde”. O projeto de pesquisa que gerou a obra é promovido pelo Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer
(CTI/MCT-Campinas-SP) e envolve dezenas de universidades brasileiras e várias internacionais. O projeto de pesquisa GESITI/Hospitalar mapeou a gestão de sistemas (SI) e
tecnologias da informação (TI) em hospitais, visando identificar suas necessidades e demandas, prospectar desdobramentos, realizar publicações e, principalmente,
gerar um Relatório de Pesquisa Integrado (RPI), que deve ser utilizado como suporte às tomadas de decisões pelo gestor público ou privado interessados no
tema.
A SETREM participou da pesquisa através dos professores Fauzi Moraes Shubeita, Gilberto Caramão e Vera Benedetti, que em conjunto com Estela
Maris Rossato produziram o artigo Perfil dos hospitais da região Fronteira Noroeste do Rio Grande do Sul em relação ao uso de tecnologias da informação.
“Trabalhamos com quatro hospitais: o municipal de São José do Inhacorá, Oswaldo Cruz de Horizontina, São Vicente de Paulo de Três de Maio e Vida
& Saúde de Santa Rosa. A pesquisa foi totalmente voltada ao uso ou a pretensão de uso de tecnologias da informação (TI) na área hospitalar. Tivemos
surpresas, pois todos hospitais tinham, desde os anos 80, sistemas de informação adquiridos e parcialmente usados”, destaca Shubeita.
Tecnologia e
saúde
Os sistemas envolvem desde o agendamento de consultas, fichário, internação hotelaria, estoque, aprazamento (dosagem de
medicação em horário), consulta médica e até mesmo faturamento final da conta, preservando todo histórico. “O uso dessas tecnologias como
melhoria na prestação do serviço é importante. Disponibilizar via sistema o prontuário para uso dos pacientes e informações de resultados de
análises clínicas, por exemplo, seria um grande avanço”, complementa o professor da SETREM.
“Não é só
tecnologia ou só saúde. Hoje, os problemas mais visualizados em hospitais não envolvem equipe ou planejamento, mas a falta do registro e acompanhamento dos processos.
Se houvesse o prontuário eletrônico do paciente seria muito bom, pois isso não é posse de médico, mas do paciente. Ele deve ter acesso. Ao buscar
atendimento em um hospital diferente do que realizou o primeiro atendimento ou o acompanhamento, existiria o acesso a medicações já ministradas e a todo
histórico deste paciente. Isso evitaria muito o retrabalho”, conclui.