Em razão da queda no número de matrículas, a Escola Estadual Frederico Lenz de Manchinha corre o risco de ser desativada no fim de 2019. Conforme a coordenadora da 17ª CRE de Santa Rosa, Beatriz Santina Cancian Milbradt, a escola vem diminuindo o número de alunos ao longo dos anos. O estabelecimento hoje registra apenas 19.
Ela afirmou que, caso a escola consiga reverter a tendência de redução de alunos, a Frederico Lenz poderá, até mesmo, manter as atividades. A coordenadora não citou, no entanto, quantos alunos seriam necessários para evitar o fechamento.
Se a desativação for concretizada, a professora Beatriz disse que os alunos passarão à Escola Estadual Progresso ou a qualquer outro estabelecimento da rede estadual desejado pelos pais. Mas tudo isso será definido pela comunidade ao longo do ano.
- Nós comunicamos o problema à direção da escola. Representantes da comunidade vieram até nós e conversamos sobre a situação. Daí, entramos em contato com a Secretaria Estadual da Educação em Porto Alegre e decidimos que a escola vai continuar com as atividades normais ainda neste ano. A comunidade de Manchinha é muito organizada e prestativa e trabalha muito pela escola. Agora, tem que aumentar o número de alunos porque senão ela se torna inviável – explicou Beatriz.
O risco de fechamento da escola, que completou 81 anos no dia 1º de fevereiro, está mobilizando as lideranças do distrito de Manchinha. Os moradores receiam que o fechamento da escola, incentive mais pessoas a deixarem o campo para irem morar na cidade.
Sobre a possibilidade de municipalização da Escola Frederico Lenz, a secretária municipal da Educação, Tânia George, disse que o município está analisando a possibilidade de implantar, no educandário, turmas de Séries Finais do Ensino Fundamental. Esses alunos fariam as Séries Iniciais na Escola Bem Viver de Caúna e, depois, seguiriam os estudos em Manchinha. Tânia deixa bem claro, no entanto, que a municipalização iria ocorrer gradualmente e esse processo seria realizado em parceria com o Estado.
