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17/04/2019 | 23:59 | Esporte

Nos pênaltis, Grêmio vence o Inter na Arena e conquista o Gauchão pela 38ª vez

André perdeu pênalti no tempo regulamentar, mas definiu a conquista com a cobrança decisiva

André perdeu pênalti no tempo regulamentar, mas definiu a conquista com a cobrança decisiva
André marcou o último pênalti, que definiu o título gremista - André Ávila / Agencia RBS
Melhor campanha, melhor ataque, melhor defesa. Um Grêmio recordista conquistou seu 38° título gaúcho após superar o Inter nos pênaltis, por 3 a 2, após mais um 0 a 0 entre eles. Diante de 51 mil pessoas na Arena, nesta quarta-feira (17), a geração de Renato amplia seu cartel vencedor com o bi do Estadual.
Foram dois dias de mistérios, despistes e segredos. Os dois times mantiveram nomes sob sigilo, fecharam treinos e aumentaram o charme que acompanha um clássico, ainda mais em decisão. Só 45 minutos antes de começar, as equipes foram, enfim, reveladas.
No Grêmio, a maior novidade ficou no banco. Luan, depois de um período afastado para recuperar condições físicas e técnicas, voltou a ser relacionado. Ainda assim, Renato repetiu o time de domingo, com Jean Pyerre de meia centralizado, André de centroavante e Alisson na extrema direita, Tardelli novamente no banco.
No Inter, duas mudanças entre os titulares. Rodrigo Dourado foi aprovado nos testes pré-jogo e recuperou lugar como primeiro volante. William Pottker também voltou a ser escalado, como atacante aberto pela direita. D'Alessandro ficou na reserva. O plano era reforçar a marcação do lado direito, onde o Grêmio se mostrou mais perigoso. 
O clássico, aliás, começou como o primeiro. Os minutos iniciais foram nervosos e picotados. Antes dos 10, já haviam recebido cartão o gremista Kannemann e o colorado Pottker. A cada investida de um, o outro respondia. Mas todas, até os 15, eram de vantagem das defesas sobre os ataques. 
Precisamente aos 15 minutos e 38 segundos, a bola que André pegou de um rebote mal espalmado de Marcelo Lomba cruzou a linha. Gol do Grêmio. O auxiliar Rafael da Silva Alves, porém, levantou a bandeira e assinalou impedimento. Começou, então, a espera pela confirmação da marcação. Foram exatos três minutos de tensão, olho no telão e no árbitro, ansiedade. Até que veio o veredito: André estava adiantado, o auxiliar acertou e o impedimento foi confirmado. 
Apesar de ter o gol anulado, o Grêmio não desanimou. Com mais presença ofensiva, incomodava a defesa colorada, que corria e se desdobrava para acompanhar os atacantes. 
Havia domínio e iniciativa, mas não superioridade. Defensivamente, o Inter demonstrava segurança e firmeza. Ofensivamente, Guerrero até fazia uma confusão, principalmente quando se entreverava com Kannemann. Levou cartão em um desses encontros.
Mas também levou Paulo Victor a fazer a grande defesa do primeiro tempo. Uma falta pelo lado esquerdo foi transformada em um excelente cruzamento de Nico López. Guerrero saltou, ganhou no ar e cabeceou. O goleiro gremista voou, espalmou, a bola ainda tocou a trave e saiu.
O outro chute na direção do gol foi do Grêmio. De longe, Leonardo Gomes arriscou e Lomba, desta vez, espalmou para o lado, na segurança.
O Inter voltou do intervalo com uma mudança: saiu Pottker, entrou Guilherme Parede. A ordem era manter a força física e a capacidade de recomposição do lado direito. 
De fato, o segundo tempo teve um começo semelhante ao primeiro. O Grêmio, por estilo e por estar em casa, tentava pressionar. Mas foi o Inter quem assustou primeiro. Verdade que demorou 13 minutos até que isso acontecesse.
Edenilson recebeu na entrada da área, deu drible sobre Maicon e chutou de pé esquerdo. Paulo Victor espichou-se e espalmou no cantinho. Na cobrança de escanteio, Moledo cabeceou e novamente o goleiro salvou. 
Percebendo o incômodo que o Inter causava, Renato tratou de mudar seu time. Trocou um discreto Jean Pyerre por um reabilitado Luan, para alegria da Arena, que comemorou como se fosse um gol.
A comemoração chegou, de fato, aos 26, em mais uma confusão que teve uso de VAR. Dois minutos antes, Cortez entrou na área e, em contato com Guilherme Parede, caiu. O juiz mandou a partida seguir e foi acionado pelo árbitro de vídeo. Após rever a cena, avaliada pelo observador Diori Vasconcelos como lance regular, Jean Pierre Gonçalves Lima marcou pênalti. Daí sucedeu-se uma série de contestações. D'Alessandro desesperou-se e reclamou asperamente com o quarto árbitro. Cartão vermelho. Também por essa razão foi expulso o técnico Odair Hellmann. 
Oito minutos depois, André, finalmente foi fazer a cobrança. Ele correu para a bola e bateu. Lomba intuiu o canto e defendeu. A festa vestiu vermelho.
Passado o lance, os técnicos agiram. No Inter, saiu Zeca e entrou Camilo. Edenilson foi para a lateral. No Grêmio, Renato mandou a campo Michel e Tardelli, nas vagas de Maicon e Alisson.
Depois da polêmica toda, quando Jean Pierre assinalou nove minutos de acréscimo, Everton teve duas chances. Na primeira, arrancou pela esquerda e tentou fazer por cobertura, mas a bola passou ao lado da trave. Na segunda, foi pela esquerda e bateu dali mesmo, carimbando a trave, para fora.
Sobis entrou no minuto final, no lugar de Iago.
Nos pênaltis, o Inter começou batendo. Paulo Victor defendeu o chute de Camilo. Tardelli e Sobis acertaram. Everton isolou. Guerrero e Matheus Henrique converteram. Cuesta e Michel erraram os penúltimos. Nico desperdiçou e André teve a recuperação sonhada: gol e título, 3 a 2.
Fonte: Gaúcha ZH
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