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15/05/2019 | 15:11 | Política

Bolsonaro diz que manifestantes contra cortes na educação são "idiotas úteis"

Presidente afirmou que o Brasil está "destruído economicamente" e que não gostaria de cortar recursos

Presidente afirmou que o Brasil está
Presidente chegou aos Estados Unidos nesta quarta-feira
Ao chegar aos Estados Unidos, nesta quarta-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que as manifestações que estão ocorrendo no Brasil em defesa de recursos para a educação são feitas por "idiotas úteis", classificados por ele como "militantes" e "massa de manobra".
Indagado sobre os protestos que acontecem nas capitais e em grandes cidades do país, o presidente disse que os alunos que estão nas ruas "não sabem nem a fórmula da água" e servem de instrumento político para "uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais".
— É natural (que haja protesto), mas a maioria ali é militante. Se você perguntar a fórmula da água, não sabe, não sabe nada. São uns idiotas úteis que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais no Brasil — afirmou o presidente na porta do hotel em está hospedado em Dallas.
Cercado de apoiadores, que gritavam "mito" enquanto o presidente concedia uma entrevista coletiva a jornalistas, Bolsonaro primeiro afirmou que não existe corte na educação para, em seguida, dizer que, por causa da crise econômica e da arrecadação baixa, foi preciso fazer o contingenciamento.
— Na verdade, não existe corte. O que houve é um problema que a gente pegou o Brasil destruído economicamente também, com baixa nas arrecadações, afetando a previsão de quem fez o orçamento e, se não tiver esse contingenciamento, simplesmente entro contra a lei de responsabilidade fiscal. Então não tem jeito, tem que contingenciar — declarou.
Os protestos são uma resposta à decisão do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que reduziu o orçamento das universidades federais e bloqueou bolsas de pesquisa. O presidente disse ainda que não gostaria de fazer nenhum contingenciamento, em especial na educação, mas afirmou que o setor está "deixando muito a desejar".
— Gostaria que nada fosse contingenciado, em especial na educação. A educação também está deixando muito a desejar no Brasil. Se você pega as provas, que acontecem de três em três anos, está cada vez mais ladeira abaixo. A garotada, com 15 anos de idade, na oitava série, 70% não sabe uma regra de três simples. Qual o futuro destas pessoas? — indagou.
Na avaliação do presidente, a alta taxa de desemprego no país – cerca de 14 milhões de desempregados – vem da baixa qualificação dos trabalhadores. Bolsonaro afirmou que, durante os governos do PT, não havia preocupação com a educação. 
Fonte: Gaúcha ZH
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