Logomarca Paulo Marques Notícias

13/07/2020 | 18:49 | Saúde

Em mapa definitivo, 10 regiões permanecem sob bandeira vermelha no RS

Governo do Estado acatou pedido de flexibilização das regras de cinco localidades: Santo Ângelo, Cruz Alta, Santa Rosa, Erechim e Santa Cruz

Governo do Estado acatou pedido de flexibilização das regras de cinco localidades: Santo Ângelo, Cruz Alta, Santa Rosa, Erechim e Santa Cruz
Reprodução/Internet
Três dias após colocar 75% do território gaúcho sob bandeira vermelha, o governo do Estado aceitou pedidos de reconsideração e reduziu o status de alerta em cinco das 15 regiões classificadas com risco severo na sexta-feira (10). Dessa forma, ficam sob bandeira laranja Santo Ângelo, Cruz Alta, Santa Rosa, Erechim e Santa Cruz.  
Em contrapartida, Porto Alegre, Canoas, Capão da Canoa, Novo Hamburgo, Pelotas, Passo Fundo, Taquara, Cachoeira do Sul, Caxias do Sul e Palmeira das Missões seguem com a atividade econômica restrita para tentar diminuir a circulação de pessoas. As medidas de isolamento previstas na bandeira vermelha entram em vigor nesta terça-feira (14).  
Dos 286 municípios incluídos nessas regiões, 149 poderão adotar regras de bandeira laranja por não terem registro de óbito nem de internação por covid-19 nas duas últimas semanas. Dessa forma, a quarentena fica mais severa em 137 cidades, onde residem cerca de 7,2 milhões de gaúchos.
Na transmissão pelas redes sociais em que divulgou o mapa definitivo do distanciamento controlado, o governador Eduardo Leite anunciou uma mudança nas regras do comércio sob bandeira vermelha. Segundo Leite, mesmo as atividades consideradas não essenciais poderão, a partir desta terça-feira, operar pelo sistema pegue e leve e drive thru. Na semana anterior, o governador já havia liberado o comércio eletrônico para essas empresas.
Ao comentar os pedidos de reconsideração, Leite afirmou que foram negados os recursos de Passo Fundo, Taquara, Cachoeira do Sul e Caxias do Sul. Após duas semanas consecutivas conseguindo reverter o status de bandeira vermelha, foi a primeira vez que a Serra teve uma apelação aceita pelo gabinete de crise. 
Entre as regiões que obtiveram êxito e conseguiram ficar sob bandeira laranja, os principais motivos foram a manutenção da capacidade hospitalar, sem risco de saturação da rede, e certa estabilidade no número de óbitos. Foi assim em Santa Rosa, Erechim e Santa Cruz do Sul, por exemplo. Em Santo Ângelo e Cruz Alta colaborou também a boa proporção entre o número de casos ativos e casos recuperados.
RS tem queda na velocidade de contágio
O governador começou o anúncio alertando para uma ocupação de 74,6% dos leitos de UTI no Estado. Quase metade dessas vagas estão ocupadas por  pacientes confirmados ou com suspeita de covid-19. De acordo com Leite, não fosse a ampliação da capacidade hospitalar, cujo número de leitos UTI passou de 933 para 1.630, já teria ocorrido um colapso no sistema, com a lotação dos centros de tratamento intensivo.
Ainda assim, o tucano revelou uma queda na velocidade de contágio. Enquanto o número de internação de pacientes graves vinha registrando aumento médio de 33% a cada semana - 32% e 37% respectivamente, da segunda quinzena de junho para cá -, no último período medido o avanço foi de 13%. A queda na progressão da contaminação aponta para um refluxo da pandemia. 
 — Ainda vivemos uma situação de gravidade no Estado, uma situação bastante sensível e que precisa do apoio de todos para que se confirme essa tendência de suavização — lembrou Leite.
Apesar da sinalização de uma melhora nos indicadores, o governador citou o registro de 995 óbitos confirmados por covid-19 no Estado e admitiu que certamente a marca das 1 mil mortes já foi ultrapassada. Leite se solidarizou com as famílias das vítimas, lembrou a necessidade de respeito à quarentena e citou dados que mostram um quadro no Rio Grande no Sul mais favorável do que em outros Estados, como o baixo índice de letalidade e de contaminação a cada grupo de 100 mil pessoas: 
— Quero agradecer a cada um dos gaúchos que entendem o que estamos passando e ajudam o Estado a manter bons indicadores.
Fonte: Gaúcha ZH
Mais notícias sobre SAÚDE