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14/10/2014 | 12:38 | Política | Três de Maio

Barbeiro afirma que quem não tem dinheiro não vai se eleger mais nem a vereador

Foto: Arquivo/Divulgação
O candidato a deputado estadual Delmar Mébius criticou na manhã de hoje o modo como as campanhas eleitorais são feitas hoje em dia. Ex-vereador, por duas vezes o mais votado em Três de Maio, “Barbeiro” disse que esperava fazer até sete mil votos, mas obteve apenas 1.780. Somente em Três de Maio, ele fez 1.341 votos.
Mébius atribuiu o fracasso nas urnas a falta de dinheiro para investir na campanha. Mas além de não ter condições de concorrer com candidatos que estavam muito bem estruturados, Mébius denunciou que muitos eleitores o procuraram pedindo algo em troca do voto, inclusive gasolina. Após o insucesso, ele revelou que já tomou a decisão de nunca mais colocar o nome para concorrer a deputado, mas pode voltar a disputar uma vaga na Câmara de Vereadores:
“Estou frustrado apenas com aqueles que colocaram placas de outros candidatos e me contaram que estavam recebendo para votar. Pena que eles não tem coragem de denunciar a Justiça Eleitoral. Quem não tiver dinheiro não se elege mais nem a vereador porque os eleitores estão muito mal acostumados”, desabafou o ex-vereador.
Mébius, também, criticou o fato de mais de 100 candidatos terem recebido voto em Três de Maio:
“Acho que alguns dos votados em Três de Maio nem conhecem nosso município. Quero ver quando eles vão aqui ver o nosso povo está precisando”, desafiou.
O curioso é que, não só o “Barbeiro”, mas até deputados reeleitos, entrevistados pela Rádio Colonial, reclamaram que as campanhas se tornaram muito caras.
De acordo com o juiz Márlon Reis, fundador e membro do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral um dos idealizadores do Ficha Limpa, as eleições no Brasil sempre foram vistas como momento de negócios, em que alguns políticos negociam com os eleitores por meio de presentes e mimos oferecidos a título da compra de voto. Essa prática cultural, segundo o magistrado, está impregnada no nosso sistema eleitoral.
Fonte: Alexandre de Souza
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