O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) divulgou nesta quarta-feira os nomes das 11 empresas que estão sendo investigadas por suspeita de
adulteração de leite em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Segundo o MP, já é possível identificar fortes indícios da
participação de empresas na fraude, seja na venda dos produtos químicos, transporte ou na adulteração direta do leite nas propriedades rurais e
distribuidoras investigadas.
Na operação "Leite Adulterado III", são investigadas dez empresas no Oeste catarinense e uma no RS.
Foram presas preventivamente 16 pessoas e cumpridos 21 mandados de busca e apreensão em unidades industriais, residências e propriedades rurais.
As
empresas suspeitas são Cordilat/SC Foods, Master Milk, Laticínios Oeste Lat, Agro Estrela, Cooperativa Agropecuária e de leite Milkfor, Laticínios Santa
Terezinha, Laticinios São Bernardino e Cooperativa Coopleforsul. Também há transportadoras suspeitas como Transportes Irmãos Gris, GD Transportes e Transportes
Douglas.
De acordo com a assessoria de comunicação do MPSC, como estão envolvidas também transportadoras, ainda não se sabe todas
as marcas e lotes que podem ter sido afetados pelas adulterações e nem todos os Estados que podem ter recebido o produto. Esse rastreamento está sendo realizado pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para que possa ser feito recall.
O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime
Organizado (Gaeco) está ouvindo testemunhas e os suspeitos presos na segunda-feira e analisando os documentos e materiais coletados. Essa etapa deverá ser concluída em
dez dias.
— Não descartamos novas prisões. Até o momento, além da adulteração do leite, já identificamos
indícios de fraude tributária, documentação falsa e até uso de "laranjas" por parte de empresas envolvidas. O foco da investigação
são fraudes praticadas por transportadores, laticínios e queijarias — explica o coordenador do Gaeco em Chapecó, Promotor de Justiça Fabiano
Baldissarelli.
O crime de adulteração do leite vem sendo investigado há seis meses pelo Gaeco, uma força-tarefa coordenada pelo MPSC e
integrada por Promotores de Justiça, Policiais Civis, Policiais Militares e Auditores da Secretaria da Fazenda Estadual. O Gaeco também contou com o apoio de fiscais
agropecuários do Mapa.
Contrapontos:
Empresa Cordilat / SC Foods - Cordilheira Alta/SC - o DC foi informado de que
não havia um responsável para se manifestar nesta quarta-feira
Empresa Master Milk - Iraí/RS - telefone de contato divulgado é
inexistente
Empresa Laticínios Oeste Lat - Coronel Freitas/SC - telefone de contato divulgado é inexistente
Empresa Agro Estrela
- Coronel Freitas/SC - não foi possível contato
Empresa Transportes Irmãos Gris - Formosa do Sul/SC - não foi possível
contato
Empresa Cooperativa Agropecuária e de leite Milkfor - Formosa do Sul/SC - não foi possível contato
Empresa GD
Transportes - Formosa do Sul/SC - não foi possível contato
Empresa Transportes Douglas - Formosa do Sul/SC - não foi possível
contato
Empresa Laticínios Santa Terezinha - Santa Terezinha do Progresso/SC - ligações não foram respondidas
Empresa Laticínios São Bernardino - São Bernardino/SC - ligações não foram atendidas
Empresa cooperativa Coopleforsul -
Formosa do Sul/SC - ligações não foram atendidas