O primeiro caso de dengue registrado em 2014 no Rio Grande do Sul,
confirmado após uma mulher ter contraído a doença fora do estado, é encarado como um alerta pelas autoridades. A ordem é intensificar os cuidados, como
mostra reportagem do RBS Notícias.
O verão é considerado a estação ideal para a proliferação do Aedes Aegypti, que
é o mosquito causador da dengue. Por isso, nessa época aumenta o trabalho do Laboratório Central do Estado (Lacen) para identificar possíveis larvas do
mosquito.
“Devido às chuvas, os depósitos são propícios para as fêmeas colocarem os óvulos. No momento que tiver umidade
e temperatura, eles vão se desenvolver de uma maneira muito rápida. Em menos de 15 dias já podem ter mosquitos adultos no ambiente”, alerta o biólogo do
Lacen Jorge Bernardes.
A elevação do calor já provocou a estruturação de uma força-tarefa, que vai unir os três
estados do Sul para reduzir a incidência da dengue. Representantes de saúde se reuniram nesta terça-feira (14) em videoconferência para buscar estratégias
de combate ao mosquito.
“Apesar de falarmos que dengue se trabalha o ano todo, agora é o momento que a gente pode realmente fazer a diferença em
relação a essa doença aqui no nosso estado. Trabalhando de fato nas nossas residências, nas ruas e parques para não deixar lixo”, lembrou a diretora
do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do estado, Laura Pondero Cruz.
Prevenção também é a palavra de ordem no Litoral
Norte do estado: nos últimos dias, equipes estão percorridos casas para orientar moradores e veranistas. “Nós temos 44 armadilhas que são propositalmente
colocadas em pontos estratégicos para detecção da presença do Aedes Aegypti, como borracharias, cemitérios, floriculturas, locais que são propensos
a deposito de água parada”, explicou o técnico de Vigilância Sanitária de Tramandaí, Carlos Alberto da Silveira.