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03/03/2015 | 13:39 | Praia Notícias | Política

Confusão marca protesto de professores na Assembleia Legislativa

Mudança de remuneração de professores temporários entraria em pauta

Mudança de remuneração de professores temporários 

entraria em pauta
Comissão do Sinte conversou com deputados na CCJ (Foto: Guto Kuerten / Agência RBS)
Professores ocuparam a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) na manhã desta terça-feira (3) em Florianópolis e houve confusão e invasão nos corredores do local. Nesta terça ocorreria a votação da medida provisória que muda a forma de remuneração de professores temporários no estado. A proposta foi tirada de pauta na sessão, pelo conflito.
Antes da sessão começar, o hall da Assembleia já estava lotado. Muitos professores de várias regiões do estado foram acompanhar os debates. Por conta da quantidade de pessoas, um cordão de isolamento foi feito próximo a sala das comissões.
Alguns professores tentaram passar dessa área isolada e houve confusão (veja vídeo acima). Os manifestantes pediram que a medida provisória não fosse aceita. O assunto foi retirado de pauta e o secretário de Educação do estado, Eduardo Deschamps, precisou sair da sala de reuniões com auxílio de seguranças.
A proposta  ainda não tem nova data para votação. A pauta deve entrar em debate na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da próxima semana.
Os deputados da base governista entendem que não cabe à comissão nesse momento discutir a medida, como querem os professores. Eles apenas devem decidir se aceitam ela ou não.
"O que tentamos nesta manhã é o prazo de mais uma semana para que a gente consiga amadurecer o convencimento dos parlamentares", afirma o presidente da CCJ, Mauro da Nadal
Já a oposição entende que é preciso discutir além da medida provisoria, o novo plano do magistério. "O nosso entendimento é que temos que discutir isso no conjunto. Não dá pra dividir a categoria. É preciso construir um plano de carreira que contemple os ACTs (temporários), os efetivos e os aposentados e que todos saibam quanto vão ganhar a partir do ano que vem", disse a deputa  Luciane Carminatti (PT)
Proposta
A medida provisória 198/2015 "fixa os salários dos profissionais contratados em regime temporário pela rede pública estadual de ensino", segundo a Alesc. Ela tem como objetivo adequar as remunerações à Lei do Piso Nacional do Magistério. "Para isso, os vencimentos dos professores temporários serão compostos pela soma do vencimento, mais a hora-atividade, mais o incentivo à produtividade em sala de aula", informou a assessoria de comunicação da Assembleia.
Segundo a Secretaria de Estado da Educação, apenas os contratados após a aprovação da MP serão atingidos pelas mudanças. Conforme a categoria, a decisão fragmenta a carreira. Além disso, eles alegam que não respeita a lei nacional.
"E discrimina os ACTs ao transformar os professores contratados em módulos de 10, 20, 30 ou 40 horas em profissionais horistas”, defende o coordenador estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino do Estado de Santa Catarina (Sinte/SC), Luiz Carlos Vieira.
“Os professores são uma única categoria. Todos têm que ter o mesmo vencimento, o mesmo tratamento, e isso só será possível se os professores temporários tiverem oportunidade de um concurso público para sua efetivação. Não dá para tratar os professores de forma diferenciada”, concluiu o coordenador do Sinte durante o protesto, na manhã desta terça.
Fonte: G1
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