Geninho não é mais técnico do Avaí. O comandante, considerado por muitos o principal
responsável pelo acesso do Avaí à Série A do Brasileirão, no ano passado, entregou o cargo neste sábado. A decisão veio depois de uma
derrota histórica, por goleada e de virada, para o Guarani em Palhoça.
— Você pode perder do Guarani de Palhoça, que é um grande
time, mas não de cinco gols e tomar um passeio. De repente chegou a hora de eu parar. O futebol é assim, se não tem resultado, algo tem que mudar — disse Geninho
em entrevista coletiva depois do jogo e de uma reunião com a diretoria do Avaí. E o ex-treinador do Leão prosseguiu:
— Procurei a diretoria,
entreguei meu cargo, e já me despedi do grupo. É uma decisão irreversível — avisou, categórico.
O Avaí venceu apenas
dois jogos neste Estadual e, provisoriamente na terceira colocação do Quadrangular, briga para fugir no rebaixamento. O técnico assumiu a responsabilidade pela falta de
resultados e disse que tentou de tudo para reverter o quadro.
— Estamos tentando achar o caminho há bastante tempo, já mexi no time, já
troquei, já fiz, acho que é hora de uma nova visão. Diretoria foi pega de surpresa, talvez não esperasse, mas no final concordaram comigo, que a minha atitude
era de um profissional sério.
— Quero agradecer a torcida, todo o carinho e apoio que me deram ano passado e este ano. Vou torcer muito para que o
Avaí encontre novos caminhos. Não tinha nada pré-determinado, a decisão foi tomada hoje, de maneira consciente. Saio magoado comigo mesmo, por não ter
conseguido que o Avaí tivesse uma performance diferente este ano. Por ter decepcionado em uma nação toda e pessoas que confiam e confiaram em mim, a diretoria —
concluiu.
A diretoria do Avaí marcou para segunda-feira uma reunião para decidir o futuro do clube. Até lá, o auxiliar Raul Cabral fica
como interino e não é descartada a possibilidade de ser efetivado.