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31/01/2014 | 10:42 | Geral | Três de Maio

Sicredi Noroeste comemora crescimento de 38% em 2013

O encontro com a imprensa aconteceu na noite desta quinta-feira (30)

O encontro com a imprensa aconteceu na noite desta quinta-feira (30)
Glei Linhares, presidente do Sicredi Noroeste (Foto: Paulo Marques)
O presidente da cooperativa de crédito, sediada em Três de Maio, atribue o resultado positivo a ampliação da participação no mercado financeiro da região.  Conforme Glei Linhares, em 2011, a participação do Sicredi era de 15%, em 2012, ela chegou a 22%, e em 2013 foi de 26. Linhares explica que a carteira de crédito comercial é principal fator responsável pelo crescimento expressivo. No ano passado, foram realizadas 45 mil operações de crédito comercial. O valor dos empréstimos foi de R$ 450 milhões.
Pela primeira vez, o Sicredi Noroeste vai distribuir parte das sobras, do lucro, entre os associados na proporção das aplicações realizadas na cooperativa em poupança, depósito ou juro de empréstimo comercial. Quem tiver valores até R$ 500 vai ter a sobra depositada em sua conta. Linhares acredita que 80% dos 48 mil associados da cooperativa vão receber as sobras nessa modalidade pioneira no Sistema de Crédito Cooperativo do Rio Grande do Sul. Já os valores acima de R$ 500 vão ser pagos diretamente aos associados pelo gerente da unidade através de um cheque.
O Sicredi, também, anunciou ontem mais duas novidades. A partir de março, o horário de atendimento das duas unidades de Três de Maio vão ser ampliado até as 16h. Já nos cinco primeiros dias úteis do mês, as unidades vão abrir meia hora mais cedo, ou seja, 9h 30min. Além disso, o Sicredi vai inaugurar no dia sete de março a unidade do distrito de Consolata. Já Esquina Araújo, Independência, vai ganhar uma nova unidade no dia 27 de março. Glei Linhares anunciou, ainda, que está prevista para 2014 a construção da nova unidade da cidade de Independência.
1. Qual é a diferença entre uma cooperativa de crédito e um banco?
Uma cooperativa de crédito é uma sociedade de pessoas enquanto um banco é uma sociedade de capital. As cooperativas são de propriedade conjunta, destinadas à captação de recursos para financiar as atividades dos associados, administração de suas poupanças e prestação de serviços próprios de uma instituição financeira. Enquanto os bancos são de propriedade de investidores para atuar no segmento de intermediação financeira e prestação de serviços bancários.
Os bancos visam obter lucro e as cooperativas prestam serviços com a finalidade de atender às demandas dos associados e agregar renda as  suas atividades.
Em uma cooperativa de crédito, o resultado é chamado de sobra/perda e num banco é chamado de lucro/prejuízo. Mas a grande diferença é que, nas cooperativas, as sobras são proporcionalmente distribuídas levando em conta o valor das operações que cada associado praticou durante o ano. Enquanto que, nos bancos, o lucro é distribuído aos sócios na proporção do capital investido, sem levar em conta o valor das operações de cada um. Em uma cooperativa de crédito as decisões são compartilhadas e o que a maioria decide pelo voto é realizado pela sociedade. Um sócio é igual a um voto. Todos têm os mesmo direitos e obrigações.
2. Por que a cooperativa promove assembleias?
A realização de assembleias está prevista em estatuto e destaca a transparência na gestão adotada pelo Sicredi.  Elas são o ponto alto do modelo de gestão democrática e participativa, que consolida as cooperativas de crédito como uma sociedade de pessoas, em que o voto de todos tem o mesmo valor. Nos encontros, os associados do Sicredi têm a oportunidade de exercerem seu papel de dono do empreendimento e participar de forma ativa da gestão de sua cooperativa.
Os debates e as deliberações sobre os assuntos da cooperativa ocorrem nas assembleias de núcleo. Juntos, os associados elegem seu representante, que são chamados de coordenadores de núcleo. Cada coordenador tem voto representativo e é responsável por levar as decisões dos associados do seu núcleo para a Assembleia Geral. 
3. Como funcionam a organização e a participação dos associados?
A organização e a participação dos associados podem ser explicadas em quatro momentos:
Núcleo de Associados – Agrupamento de associados de acordo com a área de atuação das cooperativas de crédito para proporcionar sua participação no processo de gestão e desenvolvimento da cooperativa.
Reunião de Núcleo – Encontros realizados com os associados com caráter de discussão sobre temas como operações e serviços, planejamento estratégico, plano de metas e prestação de contas do primeiro semestre.
Assembleias de Núcleo – Encontros realizados com um ou mais núcleos para eleger o coordenador de núcleo e seu suplente, apreciar e acompanhar a execução das atividades planejadas por sua cooperativa e apreciar e deliberar, enquanto núcleo, sobre os assuntos da Assembleia Geral da cooperativa (citados abaixo), definindo o voto do coordenador de núcleo.
Assembleia Geral Ordinária – Encontro realizado para a prestação de contas dos órgãos de administração, acompanhada do parecer do Conselho Fiscal, destinação das sobras apuradas ou rateio das perdas; eleição dos componentes do Conselho de Administração ou Diretoria do Conselho Fiscal e de outros, quando for o caso e quaisquer outros assuntos de interesse social que não sejam de competência exclusiva da Assembleia Geral Extraordinária.
Assembleia Geral Extraordinária – Encontro para deliberar sobre qualquer assunto de interesse da sociedade, mencionado no edital de convocação, como reforma do Estatuto Social, fusão, incorporação ou desmembramento, mudança do objetivo da cooperativa, dissolução voluntária da cooperativa e nomeação de liquidante e contas do liquidante.
4. Quando estes encontros são realizados?
Os encontros são realizados ao longo do ano. Apenas as assembleias tem período pré-definido e ocorrem entre os meses de janeiro e abril de 2014.  
5. Os associados participam das assembleias?
Em 2013, o processo mobilizou 220 mil associados em todo o Sicredi, conscientes de seu papel no negócio, que acreditam nas cooperativas de crédito como agente de desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atuam, além de 66 mil não-associados. Na nossa Cooperativa, registramos a participação de 12.646 associados.
6. Os números deste ano superaram os dos anos anteriores? Qual a projeção para os próximos anos?
7. Quais são os requisitos para ser um coordenador de núcleo?
Todos os associados podem ser coordenadores. Para tanto, é preciso participar das formações do Programa Crescer, nas quais são debatidas questões relacionadas às sociedades cooperativas, ao cooperativismo de crédito, ao modelo de gestão do Sicredi e às operações e serviços. Outros requisitos são informados ao longo dos estudos do Programa Crescer. Segundo os regimentos internos do Sicredi, para assumir uma cadeira no Conselho de Administração do Sicredi, inclusive de presidente, é necessário o postulante ter exercido a função de coordenador de núcleo. 
8. Qual é o papel dos coordenadores de núcleo?
Cada coordenador, eleito pelos demais associados nas assembleias de núcleo, representa os associados de seu núcleo de origem na Assembleia Geral da Cooperativa. Com isso, pretende-se garantir maior amadurecimento das questões discutidas, favorecendo decisões ou deliberações mais representativas, maduras e acertadas.
9. Cite um exemplo de decisão de Assembleia Geral?
Na Assembleia Geral da Cooperativa, realizada no início de 2013, foi decidido que as sobras, R$ 13.923.644,03 seriam investidas dessa forma: 65% no Fundo de Reserva da cooperativa, 10% foi direcionado para o Fates (Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social) e 25% foi destinado para o Capital Social dos associados.
10. Por favor, explique o que significam estes termos?
Tecnicamente, as sobras não são lucros, mas saldos de valores obtidos dos associados para cobertura de despesas, e que, pela racionalização com que a cooperativa trabalhou, não foram gastos, isto é, sobraram, merecendo por isso a denominação de sobras.
O Fundo de Reserva da cooperativa foi criado para reparar perdas e atender o desenvolvimento de suas atividades. Ele compõe o patrimônio da cooperativa, que define o quanto ela poderá emprestar para financiar as atividades de seus associados. Quanto maior o patrimônio, mais forte a cooperativa.
O Fates (Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social) é reservado à prestação de assistência aos associados, seus familiares e aos colaboradores da cooperativa. 
Capital Social - Corresponde aos recursos investidos na sociedade cooperativa pelos associados. O associado como dono do negócio, deve capitalizá-lo permanentemente pois quanto mais capitalizada for a Cooperativa mais poderá crescer e se fortalecer, maior segurança terá e mais recursos poderá repassar aos associados.
Fonte: Rádio Colonial AM
O encontro com a imprensa aconteceu na noite desta quinta-feira (30)
Foto: Alexandre de Souza
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