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16/02/2014 | 18:44 | Esporte

Lenda, Michael Johnson vira quinto elemento do revezamento brasileiro

Pedro Burmann é de Três de Maio

Pedro Burmann é de Três de Maio
Anderson, Pedro, Hugo e Vagner formam o time de revezamento 4x400m rasos do Brasil (Foto: David Abramvezt)
Pedro Burmann, Wagner Cardoso, Anderson Henriques e Hugo Balduíno estão transcendendo a matemática. Nesta semana que se encerra, eles passaram a sentir que correm com cinco homens no revezamento 4x400m rasos. Sétimo colocado no Mundial do ano passado, em Moscou (RUS), o quarteto teve a chance de treinar nos últimos dias, no Rio de Janeiro, com o maior nome da história dos 400m rasos e um dos grandes astros do esporte, Michael Johnson: tetracampeão olímpico, dono de oito medalhas de ouro em Mundiais e recordista mundial da prova desde 1999, com o tempo de 43s18. O americano foi contratado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para trabalhar até os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, com o time brasileiro de revezamento masculino 4x400m, pois ele é a grande aposta dos dirigentes nas provas masculinas de pista do atletismo brasileiro.
– O Michael é tão inspirador que ele virou o quinto elemento do nosso revezamento de quatro atletas. Eu ainda não acredito que estamos tendo a chance de conviver e aprender com o recordista mundial e ganhador de tantos ouros olímpicos e títulos mundiais – disse Anderson, sétimo colocado também na prova individual dos 400m rasos no último Mundial.
Aposentado desde 2001, Michael de 46 anos de idade fundou em 2004 um centro de excelência em atletismo, em Dallas (EUA). Foi lá que ele elaborou métodos de preparação e treinamento para lapidar velocistas e transformá-los em campeões nas pistas. Mas o caminho não é fácil.
– Eu sei que não existe um caminho mais curto. O importante é os atletas entenderem que muita gente gostaria de fazer parte de uma seleção nacional e poder disputar os Jogos Olímpicos em casa. Para conseguir uma medalha, você precisa trabalhar muito duro, diariamente – disse Michael, que combateu o forte calor do Rio de Janeiro com uma toalha branca na sua cabeça durante toda a atividade na na Escola de Educação Física do Exército, na Urca.
Depois desta temporada de pouco menos de uma semana no Rio, o recordista voltou para os Estados Unidos. Porém, em breve os brasileiros vão reencontrar o ídolo e novo mentor. Entre março e abril, a equipe vai viajar para duas semanas de treinamento no cultuado centro de treinamento do ex- velocista.
– Eu sempre fui campeão e quero ser campeão também ajudando o Brasil. Eu disse isso para os atletas do revezamento. Ser um finalista olímpico no seu próprio país é muito bom. Ser campeão olímpico no seu país é ainda melhor. Eu fui em Atlanta-96 e espero ajudar os brasileiros na missão, que não é fácil, mas é possível.
Michael Johnson manteve uma impressionante invencibilidade de sete anos. Ele venceu todas as 58 provas de 400m rasos que disputou entre 1993 e 2000. Na época dele, Michael representava algo como o que o jamaicano Usain Bolt, homem mais rápido de todos os tempos, representa nos dias atuais. Ele conseguiu ser o melhor possível e espera demonstrar aos brasileiros todos os mecanismos para alcançar esse objetivo.
– Temos de nos preocupar em ser o melhor possível. Em dar a cada atleta as condições para que ele atinja o seu potencial completo. Eu posso falar por mim. Eu não treinava para a medalha de ouro, mas para conseguir o melhor de mim. Mesmo que não fosse o suficiente para ganhar a medalha de ouro. Pode até soar arrogante, mas é verdade. 
Sempre atentos e transformando todas as palavras do ídolo em lições, os pupilos brasileiros prometem não desperdiçar a chance única de aprender com o melhor de todos os tempos naquilo que eles fazem.
– Não vamos desperdiçar a chance de aprender com o Michael. Vamos lutar muito para conquistar uma medalha olímpica em 2016 e dar orgulho para os torcedores brasileiros – afirmou Anderson Henriques.
Fonte: G1
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