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25/09/2021 | 07:04 | Polícia

Vídeo divulgado pela polícia mostra fuga de suspeitos após morte de jovem em parada de ônibus em Porto Alegre

Cristiane da Costa dos Santos, de 20 anos, foi atingida por um tiro no peito durante um assalto, na noite de quinta (23), em frente ao Barra Shopping Sul. Ela será sepultada neste sábado (25).

Cristiane da Costa dos Santos, de 20 anos, foi atingida por um tiro no peito durante um assalto, na noite de quinta (23), em frente ao Barra Shopping Sul. Ela será sepultada neste sábado (25).
Cristiane da Costa dos Santos, de 20 anos, trabalhava em shopping de Porto Alegre - Arquivo pessoal

Imagens de uma câmera de segurança divulgadas nesta sexta-feira (24) pela Polícia Civil mostram o momento em que dois dos três suspeitos de matarem a jovem Cristiane da Costa dos Santos, de 20 anos, durante um assalto, na noite de quinta (23), fogem em uma avenida da Zona Sul de Porto Alegre. Uma das vítimas também aparece no canto superior correndo em outra direção. (Veja o vídeo acima)

O corpo de Cristiane foi liberado no início da tarde pelo Instituto Médico Legal (IML). O corpo será velado neste sábado (25), a partir das 7h, no salão nobre do Jardim da Paz, e o sepultamento está marcado para as 11h30.

Cristiane estava trabalhando em uma loja do Barra Shopping Sul, há seis meses, e sonhava em cursar jornalismo.

"Ela era uma menina que só estudava e trabalhava. Ela cuidava da mãe dela, que tem um problema de doença, e tinha um futuro pela frente", revolta-se o tio Ulisses Oviedo da Costa.

Por volta das 19h, ela saiu do shopping e caminhou alguns metros até a parada onde costumava pegar o ônibus para voltar para casa. Outras sete pessoas aguardavam no mesmo local. Então, dois homens desceram de um carro, anunciaram o assalto e, após ela tentar pegar o celular na bolsa, foi atingida com um tiro no peito.

"Nós temos relato de outra vítima, que teria dito que de uma certa forma ela teria resistido. Não reagido ao assalto, mas estaria reticente em entregar o aparelho. Foi quando ele xingou ela e efetuou o disparo", relata a delegada Luciana Smith.

O assaltante não chegou a levar o celular de Cristiane, mas fugiu com os aparelhos das outras vítimas.

Homem foi espancado por populares
Na mesma noite do crime, a polícia encontrou um carro roubado. Os investigadores apuram se ele tem relação com o criminoso que matou Cristiane.

Um suspeito chegou a ser preso quando apareceu para pegar o veículo. Na delegacia, porém, ele negou estar envolvido com a morte da jovem. De qualquer forma, como foi reconhecido pela vítima do automóvel roubado, ele seguiu detido.

Já outro homem foi espancado por moradores do bairro Cristal. Eles suspeitam que ele tenha envolvimento com o latrocínio. Como tem um mandado de prisão por furto e roubo, também foi preso.

Cristiane já havia sofrido tentativa de assalto
Dois meses atrás, a própria Cristiane já havia sido vítima de uma tentativa de assalto. Segundo a família, ela conseguiu correr para dentro do shopping e escapou dos bandidos. Um morador que reside em frente ao local do crime correu para acionar os policiais militares.

De acordo com a Brigada Militar, em agosto, foram registradas sete ocorrências de roubo na região. E, em setembro, outras três.

A técnica em enfermagem Zaira Macedo relata que foi vítima de um roubo dentro do ônibus, quando voltava para casa, depois de fazer plantão em dois hospitais diferentes pela noite e pela manhã.

  • "Perdi meu celular e minha carteira com todos os meus cartões. É mais do que revoltante, porque a gente vive trabalhando, e aí chega a pessoa e leva as coisas em questão de segundos", reclama.
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Além dela, várias outras pessoas relataram a insegurança na região.

"Tem bastante assalto aqui, e é bem nos horários que têm movimento. A gente fica muito com medo. Eles chegam sempre de dois ou três, e não tem o que fazer, simplesmente tem que entregar as coisas. Fica à mercê disso. Eu acordo às 5h e venho trabalhar sem segurança nenhuma. É horrível, a gente não ter a certeza que vai voltar pra casa", diz a auxiliar de cobrança Jeniffer Oliveira.

"Nunca fico sozinha. Fico sempre perto do portão para tentar ter uma válvula de escape", afirma a estudante Gisele Souza.

"Está tudo muito abandonado. Acho que se botassem mais câmeras talvez tivesse mais segurança", reivindica a autônoma Lígia Ribeiro.

O pedido da Polícia Civil é que todos os casos sejam comunicados às autoridades policiais.

Fonte: G1
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