Foi um desalentador fim de Brasileirão para o Grêmio. Na tarde escaldante deste domingo, o menor
público da temporada na Arena testemunhou uma equipe sem inspiração mesmo contra um Flamengo recheado de reservas. O empate por 1 a 1 ficou adequado. E escancara a
necessidade de mudanças para 2015, apesar das dificuldades financeiras alegadas pela direção.
Deu sono o primeiro tempo do Grêmio.
Felipão voltou atrás em seu projeto de testar os garotos, escalou a mesma base do campeonato e viu a equipe ser surpreendida pela velocidade dos meninos do Flamengo.
Incomodada, a torcida vaiou quando o time foi para o vestiário, no intervalo.
O predomínio ofensivo foi do Flamengo, que achava brechas na frouxa
marcação dos volantes. Até Anderson Pico, improvisado como lateral direito, encontrou espaço para chegar à frente. Aos 18 minutos, ele mostrou habilidade
entre três marcadores e chutou rasteiro, para defesa de Marcelo Grohe. O Grêmio respondeu com Walace, mas o chute saiu alto.
O calor reduzia o
ímpeto gremista. Barcos, isolado, era forçado a recuar par dar início aos ataques. Pouco inspirados, Luan e Dudu pouco contribuíam. O desânimo da torcida
aumentou aos 31 minutos. Luiz Antonio acelerou para cima de Zé Roberto, chutou sem força e a bola, na trajetória, desviou em Bressan e enganou Marcelo Grohe: 1 a 0 para
o Flamengo.
O Grêmio desperdiçaria sua oportunidade mais clara a 42 minutos. Barcos fez boa abertura a Pará, que driblou João Paulo, mas
concluiu errado.
A energia que faltou na primeira etapa sobrou na segunda. Já com Everton no lugar de Matheus Biteco, o Grêmio avançou sobre o
campo do Flamengo, consciente de que estava em débito com a torcida. O empate não tardou. A 10 minutos, lançado por Dudu, Barcos poderia marcar se não fosse
derrubado por César, que acabou expulso. A arbitragem errou ao não marcar toque do argentino. Na cobrança da falta, Luan redimiu-se de uma atuação
irregular e acertou o ângulo de Daniel, que recém havia entrado: 1 a 1.