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30/06/2022 | 20:49 | Saúde | Três de Maio

Atendimentos de psicopedagogia na Apae de Três de Maio buscam promover a aprendizagem

Serviço é oferecido no CER II da instituição, realizado pela profissional Marciane dos Santos

Serviço é oferecido no CER II da instituição, realizado pela profissional Marciane dos Santos
Assessoria de Imprensa

No início deste ano, o Centro Especializado em Reabilitação Intelectual e Auditiva (CER II) da Apae de Três de Maio - RS passou a oferecer serviço na área de psicopedagogia, com a profissional Marciane dos Santos.

Ela, que atua como neuropsicopedagoga e psicopedagoga, explica que os atendimentos têm como objetivo promover a aprendizagem, contribuindo para os processos de inclusão escolar e social, compreender e propor ações frente às dificuldades de aprendizagem e mediar conflitos relacionados ao processo de aprendizagem.

A profissional revela que são diversas as dificuldades entre os pacientes atendidos. “Dentre elas posso destacar a dificuldade de aprendizagem. Então, atuo na avaliação, na intervenção, no acompanhamento, na orientação de estudos e no ensino de estratégias de aprendizagem, além de manter diálogo permanente com a família, com a escola e com outros profissionais envolvidos no caso”, esclarece.

Segundo Marciane, a atuação da neuropsicopedagoga e psicopedagoga consiste em trabalhar com estratégias de aprendizagem variadas, definindo atividades de operações mentais que o sujeito possa executar para facilitar e melhorar sua aprendizagem.

“As estratégias servem para melhorar a motivação, as atitudes e o afeto: as estratégias de processamento, seleção, organização e elaboração de tarefas, e as estratégias de personalização, relacionadas com a criatividade e pensamentos critico, implicam na intervenção. Neste sentido, é traçado um objetivo a ser atingido na fase inicial, na intermediária e final do acompanhamento de cada paciente, com a finalidade de estimular e efetivar aprendizagens.”

O paciente Arthur Filipe Vieira Ludwig, de 6 anos, é um dos atendidos pela Marciane. Ele teve avanços significativos desde que começou os atendimentos. “Arthur tinha dificuldade em vir para a escola, chorava muito, não tinha conhecimento das letras e números e dificuldade na integração com os colegas.  Aos poucos e com muito trabalho entre escola e família, ele foi se familiarizando com a nova rotina e com a aprendizagem.  Hoje, o Arthur apresenta uma grande e significativa mudança em sua vida escolar. Está em plena aprendizagem e desenvolvimento. Também está alfabetizado e gosta muito de vir para a escola, ou seja, está adaptado à rotina escolar”, comenta Marciane.

A mãe, Andréia Vieira, conta que o filho, autista, frequenta a Apae há três anos, e atualmente vem também para os atendimentos de saúde com terapeuta ocupacional, fonoaudióloga e psicóloga. Uma vez por semana ele ainda recebe acompanhamento no Atendimento Educacional Especializado, com pedagoga com formação em AEE. “Desde o início foi bem recebida e acolhida na Apae. É muito importante ele vir aqui e receber os atendimentos. Percebo muitos avanços. Ele interage, sabe ler e escrever. Ele é inteligente! E isso são avanços que foram sendo conquistados. Só tenho a agradecer a equipe apaeana”, destaca. Arthur estuda na 1ª série na rede municipal de ensino.

‘Entendo que aprender não é simplesmente um ato psicomotor, mas um processo cognitivo complexo’

Marciane, que é formada em Letras/Literatura e Pedagogia e pós-graduada em Neuropsicopedagogia e em Psicopedagogia Clínica e Institucional, iniciou sua caminhada na Apae de Três de Maio na Escola de Educação Especial Helen Keller em março de 2016, como professora do Ensino Fundamental na modalidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

“Como me identifiquei muito com o trabalho realizado, fui em busca de conhecimento e no ano de 2017 comecei o primeiro percurso, indo a São Paulo conhecer a Associação de Amigos do Autista (AMA) e realizar o curso de PEP-R (Perfil Psicoeducacional Revisado), de avaliação para crianças com autismo. Percebia a grande necessidade de me aprofundar no assunto e trazer mais segurança, habilidade e esperança para os pacientes e famílias da nossa instituição e também de fora. Este foi o meu primeiro passo e logo em seguida ingressei no curso de pós-graduação em Neuropsicopedagogia, quando o campo de conhecimento e aprendizagem se abriu ainda mais, pois um dos papéis da neuropsicopedagoga é trabalhar com estratégias de aprendizagem variadas, definindo atividades ou operações mentais que o sujeito pode executar para facilitar e melhorar sua aprendizagem”, explica.

E os desafios não pararam por aí. Concluindo o curso de Neuropsicopedagogia, Marciane deu início a mais uma pós-graduação, desta vez em Psicopedagogia Clínica e Institucional. “O trabalho nos exige estar em pleno aprendizado e conhecimento, pois para entender as dificuldades que interferem no desenvolvimento e na aprendizagem da criança, deve-se ter em mente também que é necessário um conhecimento sólido. Entendo que aprender não é simplesmente um ato psicomotor, mas um processo cognitivo complexo”, evidencia.

Ao finalizar, Marciane diz que, durante o período em que trabalhou como professora na Apae, teve a felicidade de ser professora de vários alunos. “Aprendi muito com meus alunos, muito mais do que ensinei a eles, e sou muito grata por isso. Aliás, foi por eles que decidi buscar conhecimento. Também gosto de dividir experiências e sugestões com os colegas de trabalho, pois um trabalho completo é realizado em equipe e todos os envolvidos são importantes neste processo. Por isso, sou grata a esta instituição que me acolheu e me incentivou a ir em busca dos estudos e também por fazer parte desta equipe que me proporciona desafios e aprendizagem constantemente, me fazendo acreditar na importância que cada um tem na construção do desenvolvimento de nossos pacientes.”

Fonte: Jaqueline Peripolli/Assessoria de Imprensa da Apae
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