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30/05/2023 | 05:23 | Geral

Ministério da Agricultura confirma foco de influenza aviária na Estação Ecológica do Taim

Doença foi detectada após teste realizado em cisne-de-pescoço-preto encontrado morto na reserva

Doença foi detectada após teste realizado em cisne-de-pescoço-preto encontrado morto na reserva
Mortandade foi constatada em cisnes-do-pescoço-preto - ESEC TAIM / Divulgação

Foi confirmado, na noite desta segunda-feira (29), o primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) no Rio Grande do Sul, na Estação Ecológica do Taim, entre Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, no sul do Estado. A doença foi detectada após testes realizados em cisnes-de-pescoço-preto, ave silvestre da que tem o nome científico de Cygnus melancoryphus.

O diagnóstico foi confirmado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi). A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta, principalmente, aves silvestres e domésticas.

O local foi foi interditado por tempo indeterminado. Desde a última quarta-feira (24), já foram encontradas 60 aves mortas durante trabalhos de rotina da equipe local, sendo 59 cisnes e uma caraúna. No boletim anterior, divulgado na manhã desta segunda-feira, eram 36 cisnes — o foco confirmado refere-se a esse primeiro grupo de aves.

A secretaria reforça que a infecção pelo vírus da gripe aviária em aves silvestres não afeta a condição do Estado e do país como área livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), não impactando o comércio de produtos avícolas. Não há risco no consumo de carne e ovos, porque a doença não é transmitida por meio do consumo.

Segundo a Secretaria da Agricultura, cinco equipes de vigilância atuam na região. Até o momento, foram visitadas 74 propriedades rurais, localizadas no raio de 10 quilômetros do local, para investigação clínica e epidemiológica. O objetivo também é orientar os moradores sobre a doença e a notificar casos suspeitos em aves domésticas, evitando a disseminação da doença para outras áreas.

Outros dois casos em aves silvestres também foram confirmados no país pelo ministério: um Thalasseus acuflavidus (trinta-réis-de-bando) na Ilha do Governador, na capital do Rio de Janeiro, e um Sterna hirundo (trinta-réis-boreal), no município de Piúma, no Espírito Santo. Com os casos notificados nesta segunda, sobe para 13 o número de focos em aves silvestres no Brasil.

São ao todo cinco espécies infectadas já identificadas: trinta-réis de bando (Thalasseus acuflavidus), atobá-pardo (Sula leucogaster), trinta-réis-real (Thalasseus maximus), corujinha-do-mato (Megascops choliba) e cisne-de-pescoço-preto (Cygnus melancoryphus).

Fonte: GZH
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