O Centro Especializado em Reabilitação Intelectual e Auditiva (CER II), da Apae de Três de Maio, realizou 160 testes da orelhinha em bebês, via Sistema Único de Saúde (SUS) nos cinco primeiros meses deste ano. A informação é do coordenador do CER II, Leandro Steiger.

O teste da orelhinha, também chamado de exame de emissões otoacústicas, é simples e serve para saber se está tudo bem com a audição do bebê, conforme a fonoaudióloga da instituição, Fabíola Meinertz.

“O exame deve ser feito, preferencialmente, com o bebê dormindo. Recomenda-se que o teste seja feito nas primeiras 48 horas de vida ou, no máximo, no primeiro mês. Todos os bebês devem passar pela triagem auditiva neonatal”, afirma Fabíola.

A fonoaudióloga explica que uma espécie de fone é colocada no ouvido do bebê, e emite um som fraco que passa pela orelha média e chega até a cóclea. Ao receber o som, as células ciliares externas se movimentam e as ondas sonoras fazem o caminho de volta, sendo registradas pelo equipamento.

“Se o ouvido do bebê responder aos estímulos do exame, ele passou no teste da orelhinha. Caso o equipamento não registre respostas, o bebê deverá passar pela realização de outros exames para diagnóstico. Quando confirmado o diagnóstico de perda auditiva, a criança é encaminhada para reabilitação o quanto antes”, destaca.

Ela acrescenta que é de extrema importância que o bebê faça o teste o mais cedo possível, para que se descubra, com maior antecedência, se há algum problema auditivo. A descoberta precoce facilita a reabilitação, além de auxiliar o desenvolvimento da linguagem da criança.

No mês de março, Andréia Preuss, de Santo Cristo, trouxe o filho, Álvaro Bilhalva, então com 16 dias, para a realização do teste da orelhinha, não sendo detectada nenhuma anormalidade no teste feito no bebê.