15/11/2023 | 05:04 | Geral
De acordo com a proposta, o valor recebido pela menor faixa passa dos atuais R$ 1.443,94 para R$ 1.573,89, um aumento de R$ 129,95
Os deputados estaduais do Rio Grande do Sul aprovaram nesta terça-feira (14) o projeto de lei que reajusta em 9% o salário mínimo regional. De acordo com a proposta, o valor pago para a menor faixa do piso passa dos atuais R$ 1.443,94 para R$ 1.573,89, ou seja, um aumento de R$ 129,95.
O projeto foi aprovado por 47 votos a dois. Posicionaram-se contra o reajuste os deputados Guilherme Pasin (PP) e Felipe Camozato (Novo).
O texto havia sido encaminhado pelo governador Eduardo Leite em junho. Tramitou por cinco meses até chegar ao plenário. O projeto foi votado nove meses depois da data-base da correção, prevista para fevereiro.
A previsão era de que o novo valor fosse aplicado de forma retroativa ao mês de maio. No entanto, emenda apresentada pelo deputado Gustavo Victorino (Republicanos) foi aprovada por 32 votos a 17 e eliminou esse dispositivo.
Independente, Victorino contou com apoio da maioria da base governista para aprovar o aditivo. O deputado disse que negociou com o Piratini a aprovação da emenda. No entanto, o líder do governo, Frederico Antunes (PP), disse que não orientaria o voto dos governistas.
Atualmente, a data-base para o reajuste do piso é fevereiro. O governo queria passar esse referencial para o mês de maio, mas a emenda de Victorino estipula que a data-base passe a ser "o dia de publicação da lei" que prevê reajuste.
Criado em 2001 e composto por cinco faixas (veja ao final o impacto do reajuste em cada uma), o salário mínimo regional incide sobre a remuneração de categorias que não têm previsão de outro parâmetro em convenções ou acordos coletivos e de trabalhadores informais. Também serve de base para o salário de alguns funcionários públicos estaduais, como servidores de escolas.
Para além do impacto direto, o reajuste do mínimo também costuma ser adotado como parâmetro para as negociações entre trabalhadores e empregadores que possuem convenções coletivas.
Quando foi apresentada, a proposta do Palácio Piratini desagradou entidades empresariais do Estado, que consideraram o reajuste elevado. Já as centrais sindicais almejavam ampliar o percentual proposto.
Após a sessão, Victorino afirmou que atendeu ao pedido de empresários ao propor a exclusão da retroatividade:
— Houve pedido muito forte do empresariado que, alegou, não suportaria o custo trabalhista dessa retroatividade. Muitas empresas teriam gravíssimos problemas. Uma sobrecarga como essa levaria muita gente à falência. Pior do que pouco, é nada.
Líder da maior bancada de oposição, Luiz Fernando Mainardi (PT) lamentou o resultado:
— O reajuste deveria ter sido em fevereiro, e estamos reajustando em novembro. Isso já aconteceu em outros anos. Com essa demora, o trabalhador perdeu em torno de R$1,2 mil por ano.
Agricultura, pecuária e pesca; indústria extrativa; empregados domésticos; turismo; construção civil; motoboys, etc.
Indústria do vestuário, calçado, fiação e tecelagem; estabelecimentos de serviços de saúde; serviços de limpeza; hotéis; restaurantes e bares, etc.
Indústrias de alimentos, móveis, química e farmacêutica; comércio em geral; armazéns, etc.
Indústrias metalúrgicas, gráficas, de vidros e da borracha; condomínios residenciais; auxiliares em administração escolar; vigilantes, etc.
Técnicos de nível médio.
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