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11/02/2024 | 14:39 | Geral

Investigado pela PF, militar que estava nos Estados Unidos retorna a Brasília e é preso

Coronel Bernardo Romão Correa Neto é alvo da operação que investiga a tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de direito

Coronel Bernardo Romão Correa Neto é alvo da operação que investiga a tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de direito
Investigação encontrou diálogos que indicam que Correa Neto intermediou convite para uma reunião de teor golpista. Exército Brasileiro / Divulgação

 

O coronel Bernardo Romão Correa Neto, alvo de um mandado de prisão preventiva dentro do escopo da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF), desembarcou em Brasília na madrugada deste domingo (11), vindo dos Estados Unidos.

Ele foi recebido no aeroporto pela PF, que apreendeu três passaportes e um celular, além de realizar os procedimentos para a prisão. Na sequência, o militar foi entregue à Polícia do Exército, onde ficará sob custódia da instituição. As informações são do g1.

A ação faz parte da operação da PF que apura o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados em plano de golpe de Estado em 2022.

Alvos
Na última quinta-feira (8), o militar, além de outras três pessoas se tornaram alvo da operação Tempus Veritatis e tiveram a prisão preventiva decretada. Correa Neto não foi preso na ocasião porque estava a trabalho nos Estados Unidos.

De acordo com o Exército, assim que a decisão judicial foi publicada, as devidas providências para retorno do militar ao Brasil foram tomadas.

Correa Neto atuou como instrutor de cavalaria durante três anos na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e era considerado um oficial bem-quisto pelos colegas e subordinados. 

Pedido de prisão
Durante a operação, os investigadores encontraram diálogos de Mauro Cid com Correa Neto que indicavam que o coronel teria arregimentado militares das Forças Especiais para atuar na intervenção. Conversas registradas no celular de Mauro Cid demonstram que Correia Neto, à época assistente do Comando Militar do Sul, teve participação ativa na organização de reunião com os oficiais, levada a cabo em 28 de novembro de 2022.

“Os diálogos (...) demonstram que Correia Neto intermediou o convite para reunião e selecionou apenas os militares formados no curso de Forças Especiais (Kids Pretos), o que demonstra planejamento minucioso para utilizar, contra o próprio Estado brasileiro, as técnicas militares para consumação do Golpe de Estado”, diz o despacho que autorizou a operação.

O pedido de prisão foi formulado pela PF e teve concordância da Procuradoria-Geral da República (PGR). A prisão foi justificada pela possibilidade de interferência do militar nas investigações e porque ele estava em missão nos EUA prevista para durar até 2025.

Os outros três presos na operação de quinta-feira foram:

  • Filipe Martins, ex-assessor especial de Jair Bolsonaro;
  • Marcelo Câmara, coronel da reserva do Exército e assessor do ex-presidente;
  • Rafael Martins, tenente-coronel do Exército.
Fonte: GZH
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