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16/06/2024 | 09:12 | Geral

Instituto investiga ingresso do ex-BBB Matteus por cota racial no curso de Engenharia Agrícola

Vice-campeão do BBB 24 se autodeclarou preto para ingressar no curso de Engenharia Agrícola do Instituto Federal Farroupilha (IFFar), no Rio Grande do Sul. IFFar determinou abertura de processo administrativo.

Vice-campeão do BBB 24 se autodeclarou preto para ingressar no curso de Engenharia Agrícola do Instituto Federal Farroupilha (IFFar), no Rio Grande do Sul. IFFar determinou abertura de processo administrativo.
Matteus Amaral, vice-campeão do BBB 24. Reprodução/Globo

O Instituto Federal Farroupilha (IFFar) determinou a abertura de processo administrativo interno para investigar o ingresso por cota racial do ex-BBB Matteus Amaral na faculdade de Engenharia Agrícola em 2014. Ele se autodeclarou preto.

Em nota pública divulgada pelo IFFar, a instituição disse que o objetivo é "identificar as situações que envolvem a participação dele no certame".

Sobre consequências que podem haver para Matteus se a conclusão do processo for que o ex-BBB fraudou a política afirmativa, a assessoria de comunicação disse que deve se manifestar a respeito a partir da semana que vem.

O vice-campeão do BBB 24 se manifestou a respeito do caso nas redes sociais dizendo que a inscrição no processo seletivo foi "realizada por um terceiro, que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cota racial” sem o seu “consentimento ou conhecimento prévio". Além disso, que não teve a intenção de se beneficiar com o ingresso na reserva de vagas por políticas afirmativas.

Repercussão

O caso ganhou repercussão após uma publicação nas redes sociais trazer o assunto à tona.

Conforme o IFFar, "em 2014, o estudante Matteus Amaral Vargas ingressou no curso de bacharelado em Engenharia Agrícola oferecido em conjunto com a Unipampa. A inscrição dele foi feita nas vagas destinadas a candidatos pretos/pardos". Consta no Edital nº 046/2014 o nome dele (veja o documento abaixo).

Durante o BBB, Matteus contou aos colegas de confinamento que abandonou os estudos para cuidar da avó, que estava doente na época. Ele trancou a matrícula no 5º semestre.

O que diz o IFFar
A respeito do caso só ter vindo à tona em 2024, anos após o ingresso de Matteus no curso, o IFFar informou que "naquela época, de acordo com a Lei de Cotas de 2012, o único documento exigido para a inscrição nas cotas era a autodeclaração do candidato". "Não havia mecanismo de verificação ou comprovação da declaração do candidato", acrescentou a instituição.

Conforme o IFFar, possíveis fraudes às políticas de ações afirmativas eram apuradas apenas se houvesse denúncia formal na Ouvidoria da instituição – o que não houve.

"Nesse caso, a questão poderia ser investigada internamente, por meio de um processo administrativo normal, que assegurasse ampla defesa de todas as partes. Nenhuma denúncia desse tipo foi feita na época", sustentou.

Fonte: G1
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