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29/06/2024 | 05:31 | Geral

Dólar sobe para R$ 5,58 e fecha primeiro semestre do ano com alta de 15,15%

Moeda norte-americana atingiu maior valor desde 10 de janeiro de 2022, quando estava em R$ 5,67. Entrevista em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou absurda a taxa Selic de 10,5% ao ano foi mal recebida por investidores e impactou no resultado

Moeda norte-americana atingiu maior valor desde 10 de janeiro de 2022, quando estava em R$ 5,67. Entrevista em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou absurda a taxa Selic de 10,5% ao ano foi mal recebida por investidores e impactou no resultado
Reprodução internet

Em mais um dia de nervosismo no mercado doméstico e internacional, o dólar encostou em R$ 5,60 e chegou ao maior valor em dois anos e meio. A bolsa de valores teve pequena queda, mas conseguiu fechar o mês com ganhos.

dólar comercial terminou a sexta-feira (28) vendido a R$ 5,588. A cotação chegou a operar em baixa nos primeiros minutos de negociação, mas disparou ainda na primeira hora de funcionamento do mercado. Na máxima do dia, por volta das 15h45min, chegou a R$ 5,59.

A moeda norte-americana está no maior valor desde 10 de janeiro de 2022, quando tinha fechado em R$ 5,67. A divisa subiu 6,47% apenas em junho e 15,15% no primeiro semestre. O euro comercial fechou em R$ 5,98 e aproxima-se dos R$ 6 pela primeira vez desde fevereiro de 2022.

O mercado de ações teve um dia de ajuste. Após dois dias seguidos de alta, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 123.911 pontos, com queda de 0,32%. Apesar do recuo de hoje, o indicador subiu 1,49% no mês. Em 2024, a bolsa recua 7,65%.

Motivos

Fatores internos e externos tumultuaram o mercado nesta sexta-feira (28). Nos Estados Unidos, a divulgação de que a inflação ao consumidor desacelerou em maio animou o mercado no início do dia, mas as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano voltaram a subir após o índice de confiança ao consumidor cair menos que o esperado. Juros altos em economias avançadas pressionam o dólar em países emergentes, como o Brasil.

Além disso, tradicionalmente, o último dia útil do semestre é marcado pela forte demanda de dólares por multinacionais que remetem os lucros ao exterior.

Investidores também receberam mal uma entrevista em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou absurda a taxa Selic de 10,5% ao ano. O déficit primário de R$ 63,9 bilhões do setor público em maio também repercutiu mal. O resultado negativo foi impulsionado pela antecipação do décimo terceiro da Previdência Social.

Fonte: GZH
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