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06/07/2024 | 07:01 | Geral

Maurício Dal Agnol é condenado a seis anos de prisão em regime semiaberto por lavagem de dinheiro

Sentença também determina o pagamento de cerca de R$ 20,3 mil. Defesa pode recorrer da decisão, que ocorre em primeira instância. Oito dos nove fatos inclusos na ação penal passaram do prazo de validade e não terão punição

Uma sentença emitida na última terça-feira (2) condenou Maurício Dal Agnol seis anos de prisão em regime semiaberto por lavagem de dinheiro — um entre os nove fatos previstos na ação penal. A decisão foi proferida pelo juiz Luciano Bertolazi Gauer, da 3ª Vara Criminal de Passo Fundo, e ocorre quase 10 anos depois da denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul. 

Conforme a sentença, Dal Agnol ocultou a origem de mais de R$ 1,5 milhão que deviam ir para seus clientes em ações da Brasil Telecom entre 5 e 17 de julho de 2013. Além do regime semiaberto, ele deverá pagar 60 dias-multa no valor equivalente a meio salário mínimo vigente à época do crime, ou seja, cerca de R$ 20,3 mil. 

A pena, porém, poderia chegar a 21 anos e oito meses de prisão se oito dos nove fatos citados na denúncia não tivessem prescrito — ou seja, expirou o tempo limite de oito anos para a tramitação do processo judicial, como define o Código Penal. Conforme o juiz, os crimes prescreveram em 27 de outubro de 2023, o que fez com que a punibilidade de Dal Agnol fosse declarada extinta.

Entre os crimes descritos estão apropriação indébita, falsificação de papéis públicos, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. 

Maurício Dal Agnol foi preso em 2014 após operação da Polícia Federal e responde a centenas de processos criminais e cíveis envolvendo formação de quadrilha, patrocínio infiel, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Ele responde em liberdade desde 2015 e teve o direito de advogar suspenso. 

Questionado pela reportagem, o advogado de cinco vítimas, Itamar Marcelo Prates, criticou a demora no julgamento. 

— Uma sentença de primeira instância (sair) praticamente 10 anos depois de oferecida a denúncia somente reforça o sentimento que a população já possui de impunidade generalizada e ineficiência das instituições. O que dizer? Lamentável. Antes tarde do que mais tarde ainda — disse. 

A defesa poderá recorrer da sentença. A advogada de Maurício Dal Agnol, Sara Oliveira Santos, afirmou que não irá se manifestar sobre a decisão neste momento.

Fonte: GZH
Sentença também determina o pagamento de cerca de R$ 20,3 mil. Defesa pode recorrer da decisão, que ocorre em primeira instância. Oito dos nove fatos inclusos na ação penal passaram do prazo de validade e não terão punição
Advogado Maurício Dal Agnol responde em liberdade desde fevereiro de 2015 Diogo Zanatta / Especial
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