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20/10/2024 | 11:55 | Polícia

Funcionária de laboratório suspeita de envolvimento na contaminação por HIV de pacientes transplantados é presa no Rio

Segundo a polícia, Adriana Vargas dos Anjos foi quem deu a ordem para economizar no controle de qualidade. Conforme as investigações, essa economia resultou em uma falha operacional

Segundo a polícia, Adriana Vargas dos Anjos foi quem deu a ordem para economizar no controle de qualidade. Conforme as investigações, essa economia resultou em uma falha operacional
Fachada do laboratório PCS Labs, no Rio de Janeiro. Fernando Frazão / Agência Brasil

Policiais civis da Delegacia do Consumidor (Decon) prenderam neste domingo (20), em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, Adriana Vargas dos Anjos, funcionária do Laboratório PCS Saleme, suspeita de envolvimento na emissão de laudos falsos que resultaram na contaminação por HIV de pacientes transplantados. As informações são do portal g1.

Em depoimento, o técnico de laboratório Ivanilson Santos, preso na segunda-feira (14), afirmou que foi Adriana quem deu a ordem para economizar no controle de qualidade. Segundo as investigações, essa economia resultou em uma falha operacional, com a redução da frequência dos testes de controle de qualidade, que deixaram de ser realizados diariamente e passaram a ser semanais.

Além de Adriana, dois sócios do laboratório também foram conduzidos à Decon, na Cidade da Polícia, na zona norte do Rio, onde prestaram depoimento e foram liberados. Na segunda fase da Operação Verum, foi cumprido um mandado de prisão e oito de busca e apreensão, com o apoio do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE).

Na primeira fase da operação, realizada na segunda-feira (14), duas pessoas foram presas e outras duas se entregaram nos dias seguintes. Na sexta-feira (18), a Justiça manteve a prisão temporária dos quatro funcionários do Laboratório PCS Saleme. A polícia continua analisando os documentos e materiais apreendidos.

De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, o Laboratório PCS Saleme e seus funcionários já emitiram dezenas de resultados falsos, tanto positivos quanto negativos, para HIV, inclusive em exames de crianças. Eles respondem a diversas ações por danos morais e materiais, o que demonstra, segundo o MP, uma indiferença pela vida dos clientes e da população.

Com o avanço das investigações, a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) desmembrou o inquérito que apura a emissão dos laudos falsos e instaurou uma nova investigação para analisar o processo de contratação do laboratório.

A reportagem ainda não obteve contato com a defesa de Adriana.

Fonte: GZH
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