21/12/2024 | 19:00 | Trânsito
Um ônibus, um caminhão e um carro de passeio colidiram na madrugada deste sábado (21)
Na madrugada deste sábado (21), um acidente envolvendo três veículos deixou mais de 30 mortos em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, no interior do Estado de Minas Gerais.
Um ônibus vindo de São Paulo colidiu com uma carreta bitrem que transportava pedras de granito. Um Fiat Argo que vinha atrás do ônibus não conseguiu desviar a tempo, e colidiu com os outros dois veículos.
Conforme apontado pelas autoridades, pelo menos 38 pessoas morreram. A maioria das vítimas morreu carbonizada no ônibus, que pegou fogo, segundo o jornal O Globo e o g1.
As três pessoas que estavam no carro de passeio foram resgatadas com vida, mas tiveram ferimentos graves. Treze passageiros do ônibus conseguiram ser resgatados com ferimentos graves, e foram encaminhados para hospitais da região.
Por volta das 3h30min deste sábado (21), um ônibus da empresa Entram, com 45 passageiros, colidiu com um caminhão no km 285 da BR-116, em Lajinha, no município de Teófilo Otoni.
O veículo saiu de São Paulo na sexta-feira (20), em direção a Vitória da Conquista, na Bahia, em um trajeto de aproximadamente 1,5 mil quilômetros.
Investigações preliminares do Corpo de Bombeiros sinalizavam que o motorista do ônibus teria perdido o controle da direção após um dos pneus estourar. O carro de passeio que vinha logo atrás, um Fiat Argo, também colidiu com os outros dois veículos.
Porém, a Polícia Rodoviária Federal compartilhou a hipótese de que um grande bloco de granito pode ter se soltado da carreta e atingido o ônibus que atravessava a rodovia em sentido contrário. A suspeita vem de vestígios encontrados no local. As autoridades ainda investigam a causa do acidente.
O número de vítimas subiu ao longo da manhã, conforme o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais prosseguia com o resgate, chegando a 38 no início da tarde.
Foi necessário utilizar um guincho para virar o veículo e liberar o acesso à parte de trás. As autoridades já consideram o acidente "uma tragédia sem precedentes para a região".
A pista no km 285 ficou bloqueada por pelo menos seis horas. O trânsito foi liberado no início da manhã e permanece no sistema pare e siga.
A Entram, empresa responsável pelo veículo e pela linha do trajeto, enviou uma nota à imprensa afirmando que "está empenhando máximo esforço para auxiliar as pessoas envolvidas e seus familiares, oferecendo e providenciando todo o apoio necessário, inclusive acompanhamento psicológico"
Conforme apuração do repórter Jerry Santos, da Inter TV, o trecho da BR-116 no qual o acidente aconteceu estava há alguns meses sem radares de velocidade.
Anteriormente, havia um equipamento que sinalizava a velocidade máxima de 60 km/h para os veículos. Esse e outros dispositivos da região foram removidos por estarem com a documentação vencida.
Segundo o g1, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que novos radares serão colocados nos mesmos trechos em 2025, com uma nova empresa responsável pela instalação.
O ônibus envolvido no acidente vinha de São Paulo em direção a Vitória da Conquista (BA). Também segundo o g1, o governo paulista ofereceu agentes da Polícia Científica para auxiliar as autoridades locais a identificar as vítimas.
A lista com todos os nomes dos envolvidos teria sido repassada para a Polícia Civil de SP, visando agilizar as investigações. Agentes da Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) e do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD) foram enviados à Minas Gerais.
Ainda durante a manhã de sábado, o governador mineiro, Romeu Zema (Novo), determinou "mobilização total" de socorristas e agentes de segurança para atender a ocorrência na região norte do Estado.
Zema pontuou que o serviço trabalha com agilidade. Nas redes sociais, o governador prestou solidariedade a familiares e amigos das vítimas.
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