O presidente da Assembleia Legislativa Marlon Santos (PDT) afirmou na manhã desta quinta-feira (26) ao visitar a Prefeitura de
Três de Maio que não há clima político na Casa para se colocar em votação o projeto de realização de um plebiscito sobre a venda das
estatais do setor de energia em ano eleitoral. “O projeto é complexo. Acredito que a maioria dos deputados não está em condições de realizar neste
momento uma ampla e exaustiva discussão sobre um tema tão controverso”, afirmou.
Santos se manifestou sobre o polêmico projeto em coletiva
após encontro com a prefeita em exercício Eliane Fischer, o vereador Nalci Recalcatti e lideranças do PDT e do PT no gabinete. O deputado disse que a vinda a Três
de Maio tratou-se de uma visita diplomática para aproximar o Parlamento dos gaúchos.
A proposta, que foi enviada ao Legislativo pelo governador do Estado
José Ivo Sartori nesta quarta-feira (25), estabelece que a autorização legislativa para a realização de plebiscito possa ser feita até 90 dias
antes do pleito. A proposta modifica norma estadual de 1991 que prevê que a autorização seja dada até cinco meses antes das eleições. O governo
também encaminhou pedido formal para a realização de plebiscito no pleito de outubro. Sartori pretende realizar consulta pública sobre a CEEE, a CRM e a
Sulgás. A convocação de plebiscito é prerrogativa do Legislativo.
Santos deixou claro que, em caso de empate, seu voto será
contrário ao projeto do Executivo. “A Sulgás é superavitária. A CEEE possui uma valiosa rede de cabos de fibra óptica em todo o Estado e as minas de
carvão são uma reserva que não podemos abrir mão assim”, opinou.