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03/02/2023 | 16:02 | Geral

Recuperação judicial motivou grupo empresarial a fechar empresa calçadista em Crissiumal

De acordo com sindicato responsável, todos os direitos trabalhistas foram pagos

De acordo com sindicato responsável, todos os direitos trabalhistas foram pagos
Unidade da Malu Calçados em Crissiumal - RBSTV / Reprodução

Criado em 1972, o Grupo Minuano decidiu encerrar as atividades de sua fábrica de calçados em Crissiumal, no noroeste do Estado. A Malu Calçados, como era chamada, funcionou na cidade por 14 anos, e parou de funcionar no final de janeiro. O encerramento faz parte da recuperação judicial da empresa, processo aceito em 2020 pela Justiça e cujo plano foi aprovado no final do ano passado. Cerca de 300 funcionários que trabalhavam na estrutura foram demitidos. 

— A fim de assegurar e manter os outros negócios do grupo, tivemos que tomar atitudes mais drásticas, cortando o negócio que algum tempo não estava gerando resultado, bem pelo contrário — contou a diretora da empresa, Bárbara Enzweiler.  

De acordo com ela, é uma 'paralisação por tempo indeterminado", com a demissão dos trabalhadores ativos, salvo gestantes, que receberão a remuneração durante o período gestacional. Como anunciaram o encerramento à prefeitura, o município já procura outro negócio para ocupar a estrutura, que pertence ao poder executivo. 

Presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Calçado e do Vestuário do Estado do Rio Grande do Sul (Feticvergs), João Nadir Pires foi à cidade acompanhar a situação. Segundo ele, a empresa pagou todos os direitos trabalhistas.

Recuperação judicial 

A Malu Calçados de Crissiumal era a única unidade fabril de calçados do Grupo Minuano, que aposta mais no setor de couros. O grupo tem sede em Lindolfo Collor, no Vale do Sinos. No total, são quatro fábricas no Rio Grande do Sul e mais uma unidade em Alagoinhas, na Bahia. Fornecem couros, por exemplo, para a indústria calçadista, automotiva e moveleira. À época do aceite da recuperação judicial, a dívida era de R$ 256 milhões. Saiba mais: Criado há 48 anos e com 2,5 mil funcionários, grupo industrial do RS entra em recuperação judicial

— Apesar de estar em recuperação judicial, cumpriu os pagamentos. Lamentamos pelo fato da empresa deixar de existir na cidade, até porque tinham benefícios importantes, como o prédio e alguns maquinários, que eram da prefeitura, mas é importante que tenham pago todos os direitos. 

A empresa era a maior geradora de empregos e que dava maior retorno em ICMS para a prefeitura, de acordo com o prefeito Marco Aurélio Nedel.  A coluna soube que já há negociações em andamento para uma nova operação no local.

Fonte: GZH
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