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13/02/2023 | 07:26 | Geral

EUA abatem novo objeto voador não identificado, o quarto em menos de 10 dias

Sobrevoo acontecia sobre o Lago Huron, no estado de Michigan

Sobrevoo acontecia sobre o Lago Huron, no estado de Michigan
Espaço aéreo sobre o lago Michigan foi temporariamente fechado neste domingo para abater o objeto (foto de arquivo) - Eric Baradat / AFP

O exército dos Estados Unidos derrubou um novo objeto que sobrevoava o Lago Huron,, no estado de Michigan, em grande altitude neste domingo (12). É o quarto caso de dispositivo voador derrubado nos espaços aéreos norte-americano e canadense nos últimos dez dias. A ordem para derrubar o dispositivo foi dada pelo próprio presidente americano, Joe Biden, por "precaução" e "por recomendação do comando militar", disse um alto funcionário militar americano.

O objeto - descrito como uma estrutura octogonal da qual pendem cordas - não representava uma "ameaça militar", mas sim um risco para a aviação civil. O comando aeroespacial americano (Norad) rastreou a trajetória do novo objeto e a decisão de abatê-lo sobre o Lago Huron foi tomada "para evitar que atingisse pessoas no solo e, ao mesmo tempo, para aumentar as chances de que fosse recuperado", informou o Pentágono em um comunicado.

É o terceiro "objeto" abatido em três dias pelos americanos em seu país e no Canadá e o quarto em menos de dez dias. O primeiro foi destruído por um míssil em 4 de fevereiro após sobrevoar parte dos EUA.

"O objeto foi abatido por pilotos da Força Aérea e da Guarda Nacional dos Estados Unidos", tuitou a congressista Elissa Slotkin, de Michigan, estado pelo qual o Lago Huron passa ao norte e ao leste. Outro legislador de Michigan, Jack Bergman, disse que os militares desativaram um objeto sobre o Lago Huron.

"O povo americano merece muito mais respostas do que temos no momento", acrescentou Jack Bergman, que é do partido Republicano, no Twitter. 

Os EUA estimam que o primeiro objeto abatido, um balão, fazia parte de uma frota de aparelhos que Pequim enviou para 40 países para fins de espionagem. O governo chinês garantiu que tratava-se de um balão civil utilizado para pesquisas, principalmente meteorológicas.

Washington abateu mais dois objetos voadores, sem especificar os detalhes: um na sexta-feira sobre o Alasca e outro no sábado sobre o Canadá.

Restrições
Em um sinal de que as autoridades estão em alerta máximo, parte do espaço aéreo sobre o Lago Michigan, no norte dos EUA, foi temporariamente fechado neste domingo por razões de "defesa nacional", de acordo com o órgão regulador da aviação civil americano (FAA).

"Estas restrições foram pensadas para garantir a segurança do tráfego aéreo no setor durante as operações do Norad", explicou a entidade em comunicado.

Na véspera, as autoridades americanas também fecharam o espaço aéreo do estado de Montana, após a detecção de uma "anomalia de radar". Um caça averiguou o ocorrido, mas não identificou nenhum objeto, segundo o exército. Neste domingo, porém, o legislador daquele estado Matt Rosendale afirmou estar em "contato constante" com os militares e garantiu que era, sim, um objeto.

Os Estados Unidos e o Canadá estavam ocupados recolhendo os restos dos dispositivos neste domingo. Essas operações aumentam as tensões entre a China e os EUA, a ponto de o secretário de Estado, Antony Blinken, adiar uma visita a Pequim após a detecção do primeiro balão.

Michael McCaul, um legislador republicano e presidente do comitê de relações exteriores da Câmara dos Representantes, acusou a China de um ato de beligerância neste domingo. O envio deste objeto "foi feito com a intenção de coletar informações e elementos de nossas três maiores instalações nucleares", acusou em declarações à CBS.

Os republicanos criticaram fortemente Biden por deixar o balão pairar sobre o país por vários dias antes de derrubá-lo.

O Pentágono disse que "monitorou e analisou continuamente" o balão, o que permitiu entender "mais as capacidades e técnicas" da suposta espionagem da China. Por sua vez, o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, defendeu as decisões de Biden dizendo à ABC neste domingo que a análise dos restos do dispositivo representa "uma grande conquista para os Estados Unidos".

Fonte: GZH
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