Uma microexplosão causou a destruição do pavilhão e a queda de árvores em Herval D'Oeste, no Oeste de Santa Catarina, informou a Defesa Civil no final da tarde desta terça-feira (11). Não houve feridos, de acordo com o órgão.

O fenômeno destruiu o pavilhão por volta das 7h desta terça. Com a força do vento, as paredes foram derrubadas e parte do telhado caiu.

Análise
Inicialmente, a Defesa Civil investigava a possibilidade de que um tornado tivesse passado pelo município. Para a confirmação da microexplosão, o órgão analisou dados do radar meteorológico de Chapecó, também Oeste catarinense.

O equipamento indicou o deslocamento do sistema meteorológico entre 6h18 e 7h06. A Defesa Civil estima que os ventos em Herval D'Oeste tenham chegado na casa dos 100 km/h.

Além do radar de Chapecó, a Defesa Civil analisou fotos tiradas pelo próprio órgão. Foi possível identificar um padrão de destruição.

O pavilhão colapsou com a força dos ventos e as árvores foram derrubadas em um único sentido. Também não houve sinais de objetos retorcidos, o que poderia caracterizar a passagem de um tornado.

Com isso, a Defesa Civil concluiu que houve uma microexplosão.

O que é uma microexplosão?
De acordo com a Defesa Civil, o fenômeno ocorre quando uma nuvem de tempestade não consegue suportar o volume de água em seu interior.

"Toda essa água cai de uma vez, causando forte corrente de vento da nuvem em direção ao chão, concentrada em uma pequena área, e gerando fortes rajadas de vento em superfície", destaca nota da Defesa Civil.

Apesar do nome, não há nenhum tipo de explosão envolvendo fogo no fenômeno.

Chuva e vento devem continuar
A Defesa Civil alertou que a chuva e o vento devem continuar no estado. As chuvas devem seguir até a manhã de quinta (13), com acumulados de até 150 milímetros no Sul, na Serra e na Grande Florianópolis, por causa da formação de um ciclone extratropical no mar.

Para se ter uma ideia, a média histórica da chuva esperada para todo o mês de julho no Sul do estado é de até 130 milímetros, de acordo com a Epagri/Ciram, órgão que monitora as condições meteorológicas do estado.

Para a região da capital, a média histórica para todo o mês de julho é de até 110 milímetros. Com a chuva intensa, há risco de raios, vendavais e queda de granizo.

Em relação aos ventos, o alerta da Defesa Civil é para estar quarta (12) e quinta. No primeiro dia, os ventos devem começar no Oeste e seguir para as áreas centrais do estado. Na quinta, as rajadas ficam mais fortes no restante de Santa Catarina.

A previsão é de ventos entre 20 e 40 km/h, com rajadas entre 60 e 90 km/h. Porém, na costa das regiões Sul e Grande Florianópolis, a média de velocidade é de 50 km/h, com rajadas de mais de 100 km/h.

Também há um alerta para o mar. A previsão é de que haja ressaca entre quinta e sexta (14), principalmente no Sul do estado. As ondas devem ter direção Sul e Sudeste e ultrapassar os 3 metros, com picos de até 4,5 metros.

A Defesa Civil alertou para que as pessoas fiquem atentas a estruturas e vias em áreas vulneráveis à erosão. Além disso, recomenda que os moradores protejam embarcações e instrumentos de pesca e maricultura.

Orientações da Defesa Civil
A Defesa Civil estadual faz orientações sobre cuidados a serem tomados em caso de alagamentos e deslizamentos. Confira abaixo.

Em caso de emergências, telefone 199 para a Defesa Civil ou 193 para os bombeiros.

Alagamentos

• Evite contato com as águas;
• Não dirija em áreas alagadas;
• Evitar pontilhões e pontes submersas;
• Redobrar atenção com as crianças.

• Deslizamentos

• Fique atento a inclinação de postes e árvores;
• Qualquer movimento de terra ou encostas próximo à sua residências;
• Aparecimento de rachaduras em muros ou paredes.

• Tempestades com ventos fortes e raios

• busque um local abrigado, longe de árvores, placas, postes e outros objetos que possam ser arremessados;
• no local abrigado, fique longe de janelas;
• se estiver na praia, jamais fique na água.