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21/10/2023 | 05:30 | Geral

Enchente do Rio Uruguai volta a tirar pessoas de casa na Fronteira Oeste

Itaqui, São Borja e Uruguaiana são as cidades mais atingidas, com mais de 800 moradores afetados

Itaqui, São Borja e Uruguaiana são as cidades mais atingidas, com mais de 800 moradores afetados
Em São Borja, enchente já invadia residências nesta sexta-feira (20). - Prefeitura de São Borja / Reprodução

Já chega a 878 o número de pessoas fora de casa, devido a enchentes, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Os números foram divulgados pela Coordenadoria Regional de Proteção e Defesa Civil, nesta sexta-feira (20), com base nas informações compartilhadas pelos municípios.

De acordo com o levantamento mais recente, as cidades com mais moradores afetados são Uruguaiana (367), Itaqui (285) e São Borja (226). Uruguaiana se destaca pelo número de desalojados, 341 pessoas estão em residências de familiares e conhecidos. São Borja, por sua vez, é a que mais contabiliza desabrigados. Cinquenta e oito recorreram a abrigos disponibilizados pelo poder público.

Na noite desta sexta, seis das oito estações de monitoramento da bacia do Rio Uruguai apresentavam níveis acima da cota de inundação. As únicas exceções foram registradas em Tiradentes do Sul (nível normal) e em Iraí (cota de alerta – anterior à de inundação).

— Em Uruguaiana, temos uma inundação que já ultrapassa as marcas da cheia anterior. E a tendência é de que o Rio Uruguai siga aumentando neste sábado o dia inteiro. Temos uma perspectiva de que comece a estabilizar em São Borja no domingo, mas em Itaqui e Uruguaiana, com certeza, teremos elevação — alerta o capitão Luiz Sandro de Souza Martins.

O coordenador regional da Defesa Civil afirma que os últimos dias têm sido de agenda cheia, com encontros junto aos municípios mais afetados. Nesta sexta, a reunião foi com autoridades municipais de São Borja. Na última quinta (19), ocorreu em Itaqui. Já na semana passada, ações de assistência às comunidades atingidas pelas enchentes foram discutidas com a prefeitura e representantes da Brigada Militar, do Corpo de Bombeiros e do Exército.

— Queremos minimizar o impacto para essas famílias, fazer tudo em segurança. E segurança quer dizer que não queremos esperar a água chegar nas residências para, então, removê-las. 

Questionado por GZH sobre o cenário atual, se poderia ser classificado como preocupante, o capitão e coordenador respondeu:

— Por enquanto, não diria que a situação é preocupante. Se, nos próximos dias, tivermos mais chuva na cabeceira do Rio Uruguai, em Santa Catarina, aí sim vai se tornar preocupante.

Fonte: GZH
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