Logomarca Paulo Marques Notícias

10/01/2024 | 16:48 | Geral

Empresa do Noroeste ''atraca'' em terminal de Canoas para escoar a produção

De Palmeira das Missões, Agrofel encontrou nas águas alternativa que veio para ficar na movimentação da safra

De Palmeira das Missões, Agrofel encontrou nas águas alternativa que veio para ficar na movimentação da safra
Projeto que começou em 2023 terá continuidade neste ano, e empresa já estuda ter um terminal próprio para o futuro. - Vicente Bittencourt / Agrofel/ D

Foi ao transformar um gargalo logístico em oportunidade que a gaúcha Agrofel atracou em terminal portuário privado de Canoas, na Região Metropolitana. O projeto deu tão certo que a empresa, criada há quase cinco décadas em Palmeira das Missões, decidiu manter e ampliar o uso desse modal para o escoamento da produção. Diretor de Logística da marca, Vicente Bittencourt explica que a estimativa é movimentar um volume de grãos seis vezes maior em 2024 por meio desse ponto — até porque as estimativas apontam uma safra cheia. 

—  Vamos seguir com o plano, utilizando a parceria com o terminal privado, mas estamos trabalhando, de forma incipiente ainda, com um projeto para ter um próprio — acrescenta Bittencourt.

Com escoamento via rodovias e ferrovia, a Agrofel decidiu apostar nas hidrovias a partir de uma dificuldade logística. No ano passado, como o Estado teve uma redução de safra por conta da estiagem, o espaço "ocioso" no porto de Rio Grande acabou sendo ocupado por outras regiões do país. Cerca de 35% da produção exportada pelos terminais tinha origem em outros Estados, sobretudo os do Centro-Oeste. Com isso, os caminhões acabaram "migrando" para fazer o frete até e desses locais.

— Isso gerou gargalos e nos levou a pensar em como fugir desse modal. Temos três terminais rodoferroviários, mas não eram suficientes. Fizemos estudo e nas regiões do Vale do Rio Pardo, Planalto e parte da Leste fazia muito sentido destinar para o terminal hidroviário em Canoas — conta o diretor de Logística sobre a escolha do ponto de embarque. 

Os produtos originados nessas regiões são os que têm a "perna menor" de frete até Canoas, acrescenta. Foram movimentados pela hidrovia soja e trigo. Só de soja, foram mais de 10 mil toneladas. A expectativa, neste ano, é de aumentar, no mínimo, seis vezes essa quantidade. Cada navio que atraca no terminal tem capacidade, em média, de cerca de 4 mil toneladas. Volume que precisaria de 120 a 130 caminhões para ser transportado.

A alternativa, garante Bittencourt, deu fluxo à operação e "é uma opção sustentável", não só na redução da emissão de poluentes". Desobstruiu a ocupação e é "extremamente competitiva" em termos de custos, acrescenta.

A Agrofel atua na distribuição de insumos agrícolas, originação e recebimento de grãos e serviços financeiros. Tem uma capacidade estática de armazenar 830 mil toneladas de grãos e soma 53 unidades no Estado, e mais de 800 colaboradores.

Fonte: GZH
Mais notícias sobre GERAL