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12/11/2024 | 16:12 | Polícia

Grupo suspeito de extorquir familiares de vítimas de assassinatos é desarticulado no RS

Um homem e uma mulher foram presos na Serra; entre as 12 pessoas lesadas que já foram identificadas, uma teria perdido mais de R$ 13 mil

Um homem e uma mulher foram presos na Serra; entre as 12 pessoas lesadas que já foram identificadas, uma teria perdido mais de R$ 13 mil
Mulher de 27 anos foi presa em Campo Bom. Divulgação / Polícia Civil

A Polícia Civil desarticulou um grupo suspeito de aplicar o chamado "golpe do luto" contra familiares de vítimas de assassinato no Rio Grande do Sul. Na segunda-feira (11), foram cumpridos dois mandados de prisão em Caxias do Sul, na Serra.

Um casal, suspeito de ser responsável pelo golpe, foi o alvo da ação coordenada pela delegacia de Campo Bom em conjunto com Delegacia de Repressão ao Crime Organizado de Caxias do Sul. O homem, de 28 anos, já estava recolhido ao sistema prisional por outro crime. De acordo com a investigação, o criminoso cometia a extorsão de dentro da penitenciária de Caxias do Sul. A mulher, 27 anos, foi presa na mesma cidade. Os nomes não foram divulgados pela polícia.

Eles procuravam pessoas que perderam parentes por assassinato recentemente, buscavam informações e entravam em contato por meio de mensagens ou por ligações. Os criminosos inventavam que os familiares mortos teriam realizado denúncias para a polícia e por isso foram executados. Os golpistas, então, cobravam valores para que os parentes também não fossem mortos.

Foram identificadas pelo menos 12 vítimas nas cidades de Sapiranga, Farroupilha, Cachoeira do Sul, Santana do Livramento, Erechim, Seberi, Rodeio Bonito, Feliz, Serafina Corrêa, além de vítimas em Santa Catarina. Durante a investigação, foi apurado que a vítima de Erechim chegou a realizar o pagamento de R$ 13,7 mil aos golpistas, com medo de ser morta.

A coordenação da operação se deu pela delegacia de Campo Bom, pois dois homicídios ocorreram na cidade, no entanto, a vítima da extorsão, residia em Sapiranga. O delegado Rodrigo Câmara, da DP de Campo Bom, afirma que os criminosos agiam de forma extremamente violenta, com graves ameaças. Ele enfatiza que seguem as investigações para identificar mais integrantes do grupo.

— Há suspeita de outros participantes, inclusive estamos investigando as pessoas que receberam os valores em suas contas bancárias — disse o delegado.

Além das prisões, foram apreendidos aparelhos celulares. A comunidade pode realizar denúncias anônimas por meio do WhatsApp (51) 98401-3237 da delegacia de Campo Bom.

Fonte: GZH
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