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21/12/2024 | 07:22 | Polícia

Judiciário decreta sigilo em caso de atriz gaúcha resgatada em quarto de hotel em São Paulo

Após inquérito policial inconclusivo e recomendação de arquivamento pelo Ministério Público, Tribunal de Justiça de SP deu fim aos atos públicos de informação no processo. Natural de Venâncio Aires, Maidê Mahl foi socorrida ferida em hotel, envolvida num episódio cercado por mistério e incertezas

Após inquérito policial inconclusivo e recomendação de arquivamento pelo Ministério Público, Tribunal de Justiça de SP deu fim aos atos públicos de informação no processo. Natural de Venâncio Aires, Maidê Mahl foi socorrida ferida em hotel, envolvida num episódio cercado por mistério e incertezas
Gaúcha vivia e trabalhava em São Paulo desde 2017. Instagram@maidemahl / Reprodução

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) encerrou, após mais de três meses de investigações e diversas perguntas sem respostas, a prática de divulgação pública das informações relacionadas à modelo e atriz Maidê Mahl. A gaúcha, natural de Venâncio Aires, foi resgatada em quarto de hotel, em 5 de setembro, após ter sido considerada desaparecida.

Por nota, remetida a pedido da reportagem de Zero Hora, o TJSP apontou a decisão:

"Infelizmente, já não podemos mais ajudá-lo com informações sobre esse inquérito, pois foi decretado sigilo externo nos autos para preservação das investigações e da intimidade dos envolvidos. Dessa forma, as informações são de acesso restrito às partes apenas", informa o texto.

Há pouco mais de uma semana, o Ministério Público (MP) terminou análise sobre o inquérito policial produzido pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil paulista. Recomendou o arquivamento, sob entendimento de que a apuração foi realizada de forma correta e os elementos, esgotados.

A Polícia Civil e o Ministério Público concluíram que não serão capazes de explicar o que ocorreu à Maidê nos três dias nos quais ficou reclusa no dormitório da hotelaria localizada em endereço nobre da capital paulista.

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo  (USP) também deixou de prestar informações acerca da condição de saúde da atriz, mediante reserva solicitada pela família.

Novas informações serão divulgadas apenas em eventuais decisões judiciais do TJSP, entretanto, sem detalhamentos, ao menos, enquanto perdurar a medida de sigilo.

Relembre o caso
Maidê mora e trabalha em São Paulo desde 2017. Mantém carreira como atriz e modelo. De acordo com a investigação policial, saiu de seu apartamento, situado no bairro Moema, por volta das 16h do dia 2 de setembro. Entrou em um mercado e comprou três caixinhas de água de coco. Pagou em dinheiro.

Dali, chamou transporte por aplicativo e dirigiu-se a um tabelionato no bairro da Liberdade. Contratou o reconhecimento de sua assinatura em um documento, cujo teor ainda é desconhecido, e rumou ao hotel, novamente em deslocamento por aplicativo, por volta de 16h40min.

O check-in no hotel ocorreu por volta de 17h30min. Maidê entrou no quarto e não interagiu com ninguém, nem mesmo para pedir serviços de alimentação, higienização ou arrumação do dormitório.

Estranhando a ausência, amigos comunicaram o desaparecimento à polícia. Os investigadores rastrearam os deslocamentos por meio de registros da companhia de transporte e por checagem de imagens de câmeras públicas e privadas.

Maidê foi achada caída, com o corpo inerte, parcialmente escorado contra a porta do quarto onde estava hospedada. Conforme a polícia, não havia indicativo de violência, nem uso de substâncias tóxicas, além de uma medicação para a qual havia prescrição médica. A atriz teria consumido apenas a água de coco que levou consigo.

O trabalho da Polícia Civil e da Polícia Científica, a partir da localização de Maidê, foi discreto. Autoridades evitaram divulgar dados relacionados à apuração. O inquérito, aberto em 13 de setembro, que investigou o suposto crime de lesão corporal, reuniu depoimentos e perícias, remetidos com o relatório da Polícia Civil ao Ministério Público e ao Poder Judiciário do Estado de São Paulo.

O MP analisou o trabalho policial e manifestou-se pelo arquivamento do inquérito. Este posicionamento será analisado pela Justiça, que decretou sigilo sobre o processo.

Fonte: GZH
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