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22/03/2025 | 08:41 | Polícia

Polícia investiga se suspeitos de torturar mulheres têm conexão com o tráfico de drogas

Caso foi descoberto na quarta-feira, quando a Polícia Civil realizava ação no bairro Sarandi. Gritos de socorro foram ouvidos pela equipe, que encontrou as vítimas sendo submetidas a uma sessão de agressões dentro de uma casa

Caso foi descoberto na quarta-feira, quando a Polícia Civil realizava ação no bairro Sarandi. Gritos de socorro foram ouvidos pela equipe, que encontrou as vítimas sendo submetidas a uma sessão de agressões dentro de uma casa
Suspeitos utilizaram objetos como martelo e facas para machucá-las. Polícia Civil / Divulgação

A Polícia Civil investiga se os suspeitos de torturar mulheres no bairro Sarandi, em Porto Alegre, têm ligação com o tráfico de drogas. O caso de tortura foi descoberto na última quarta-feira (19). Os homens, de 18, 19 e 20 anos, estão presos preventivamente. Um menor, de 16 anos, supostamente envolvido no crime, foi internado. As três vítimas passam bem.

Conforme a delegada Ana Flávia Leite, da 2ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico, a suspeita surgiu porque os homens teriam gravado na perna da mulher de 33 anos, com auxílio de uma faca, um símbolo que faz alusão a uma organização criminosa.

Além disso, as vítimas teriam relatado à polícia que a tortura foi empregada porque os criminosos acreditavam que elas estariam repassando informações sobre o tráfico de drogas na região para facções rivais.

— O nosso próximo passo é confirmar a associação deles ao crime. Temos indícios de que eles integram uma facção, mas vamos adentrar um pouco mais a investigação para confirmar. Também queremos entender qual é a atuação deles dentro dessa organização — detalha a delegada.

A polícia também investiga a relação das vítimas e dos suspeitos.

O caso
O caso foi descoberto na quarta-feira (19), quando uma equipe do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) realizava ação contra o tráfico de drogas no bairro Sarandi. Conforme o delegado Carlos Wendt, gritos de socorro foram escutados em uma residência, fazendo com que os policiais civis realizassem uma abordagem.

No local, encontraram duas mulheres, de 27 e 33 anos, sendo submetidas a uma sessão de tortura. A dona da casa, de 55 anos, também estava no local e teria sido obrigada a ceder a residência para a prática do crime. Na sequência, ela teria sido mantida em cárcere privado pelos suspeitos.

Na residência, a polícia encontrou instrumentos como facas e martelo, que foram utilizados na sessão de tortura. De acordo com a delegada Ana Flávia Leite, as vítimas tiveram os cabelos cortados e sofreram diversas agressões físicas. 

Uma delas, uma mulher de 33 anos, afirmou à polícia que foi torturada por mais de duas horas.

— As vítimas informaram que (durante a tortura) os agressores gravavam vídeos e mandavam pra outra pessoa. Além disso, faziam ameaças constantes de morte — acrescentou o delegado Carlos Wendt.

A vítima de 33 anos foi encaminhada para atendimento médico devido a lesões com hematomas e sangramentos aparentes, especialmente no rosto e na coxa.

Fonte: GZH
Caso foi descoberto na quarta-feira, quando a Polícia Civil realizava ação no bairro Sarandi. Gritos de socorro foram ouvidos pela equipe, que encontrou as vítimas sendo submetidas a uma sessão de agressões dentro de uma casa
Diversas facas foram empregadas na tortura. Polícia Civil / Divulgação
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